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sexta-feira, 27 de setembro de 2019

🔍 Fanfic Pequenos Detalhes 🔎

Design: Mack Boucher

📌Atenção! Conteúdo sexual explícito! Recomendado para +18!


Estamos falando diretamente  da frente da Delegacia Regional, onde o irmão mais velho do jovem empresário que foi encontrado morto em seu apartamento na manhã desta quarta-feira veio prestar esclarecimentos. O caso foi encerrado e foi atestado que o jovem cometeu suicídio por envenenamento”. A repórter dizia ao lado de um homem bem trajado com um terno grafite e usando óculos escuros, tinha uma expressão séria, cansada e parecia bem abalado. Entre as perguntas feitas pela mulher, a última foi a que causou mais comoção, pela voz embargada do homem, que mal conseguiu falar e pediu desculpas, mas ainda não acreditava no fato de não ter mais o seu irmãozinho ao lado: “Ele era jovem, talentoso e tinha toda uma vida pela frente… Não entendo se foi pela perda do aboji, se foi pela solidão ou o desespero pela pressão que as empresas estavam lhe causando… Mas eu não imaginaria… Se eu soubesse… Eu teria impedido! Meu dongsaeng! Oh… Desculpem-me! Eu não posso mais falar…”. E foi assim que o homem colocou a mão em frente ao rosto, como se pedisse para parar a filmagem, antes de sair em direção ao carro que já o esperava; e a repórter, que pareceu extremamente comovida com o homem, agradeceu aos telespectadores e encerrou aquele momento.

— Seria muito terrível da minha parte dizer que… Não me comove? — O rapaz platinado, que estava escorado em uma das colunas que sustentava o prédio, comentou, olhando para a mulher ao seu lado.

— Até porque ele estava convenientemente de óculos escuros, além das palavras parecerem ter sido muito bem ensaiadas… Até o tom de voz dele estava “sob medida” para o momento, mas… — A mulher loira, deu uma olhadinha para o lado, balançando os ombros. — Todos são inocentes, até que se prove o contrário, não é assim?

— Claro! — Assentiu, balançando os ombros e olhando novamente para a cena. — Mesmo porque ele acabou de perder o irmão e o aboji… Normal! — Soltou um breve riso soprado.

— Normalmente nesse caso a pessoa só pede privacidade e se isola… E ninguém precisaria saber a causa do suicídio… Tecnicamente. É como se ele quisesse enfatizar e justificar, para ninguém levantar nenhuma questão sobre a “fatalidade”. — Acabou acompanhando o risinho alheio, dando um tapinha no braço dele e já começando a andar. — Mas não ria do “pobre homem”... Não vê como ele está sofrendo? — disse em tom debochado, até ficar mais séria. — Eu não me conformo do caso ter sido encerrado… Não tem nada, praticamente, além de um laudo. Não faz sentido… — Deu uma olhadinha para trás. — O que acha, Detetive Lee? Eu vou analisar um pouco mais!

— De fato! — Seguiu a loira, ficando pensativo por alguns segundos, até se escorar na muretinha que separava a cabine onde trabalhavam. — Pode ser só mais um suicídio de um desesperado também… Coitado! Está acontecendo tanto por aí! — Deu de ombros, pegando um dos biscoitinhos de um dos potinhos em cima da mesa, jogando na boca. — E eu não estou rindo! Claro que não! Que isso! Não sou um insensível! — Sorriu debochado, sentando-se na outra cadeira e dando uma rodadinha com ela.

— Eu sei que pode… Mas nós trabalhamos com certezas, não? E eu não tenho provas para ter certeza de nada… Só uma foto de um morto e um papel assinado por um profissional que o examinou, atestando o suicídio. — Pegou as duas folhas citadas, mostrando para ele e sentando-se em sua própria cadeira, cruzando as pernas e começando a se mover para de um lado para o outro, ainda que não percebesse. Logo riu também e jogou o corpo para o lado, alcançando o potinho e pegando um dos biscoitos também. — Essas coisas são gostosas, mas engordam que é uma beleza… — O olhou, jogando na boca. — Vamos no “pedra, papel, tesoura” para ver quem vai conversar com o “chefe” dessa vez… Ele não está de bom humor hoje.

— Uma foto e um papel que ajudaram ao juiz deu por caso encerrado... Vai saber o que se passa na cabeça desse povo! — Deu novamente de ombros, olhando para o que ela tinha em mãos, pegando uma delas e a olhando pela enésima vez. — Já reviramos isso quando houve a denúncia! Desencana! — Recostou-se na cadeira, analisando-a e arqueando uma das sobrancelhas. — Pedra, papel ou tesoura… Para o quê? Saber quem vai morrer? Desculpa, mas não acabei com minha cota de experiências na vida hoje… Quem sabe um dia eu me voluntarie a ser morto. — Balançou novamente os ombros, esticando o braço à frente dela para pegar outro biscoitinho. — Engordam, mas são gostosos! Prefiro ser feliz! — Deu uma piscadinha.

— Ahhhh… — Tombou a cabeça pra trás, olhando para o teto, até colocar a folha com a foto contra a luz, passando os olhos por ela mais uma vez, à procura de algo que não sabia o que era e nem se ia encontrar. — Eu estou com a minha intuição me dizendo que tem algo e ela não costuma me enganar… — Deu uma olhadinha para o parceiro, abrindo outro sorriso e meneando a cabeça. — Você diz isso, pois não precisa se preocupar com quilinhos extras… Sortudo! — Voltou a olhar para o papel em mãos, estreitando os olhos. — Aqui… No caso foi citada alguma namorada ou mulher que esteve com a vítima? — indagou mais séria.

— Claro! As maravilhas da intuição feminina… — O platinado riu divertido, rodando a cadeira em 360° e parando em frente à mesa, apoiando os cotovelos por lá e a olhando. — Como pode dizer isso? Você não sabe! Não que eu saiba, a não ser… — Adquiriu uma expressão de obviedade. — Senhorita Konnyki… Espionando o banheiro masculino. Que feio! Olhando seu parceiro… Não acredito! Nossa! E eu achando que era uma Detetive super séria… Me enganei! — Sorriu debochado, puxando uma pastinha e a abrindo, mantendo a expressão divertida, enquanto olhava os papéis. — Hmm… Nop! Nenhuma mulher ou namorada… Seca total! Coitado! — Fez uma caretinha.

— Não preciso ver para saber o que tem por baixo dos panos, “senhor Lee”... Intuição feminina! — Deu uma piscadinha, já se levantando e indo para o lado dele, curvando-se e apontando para um ponto específico. — Eu aposto uma bebida que isso aqui na lateral do corpo são arranhões de uma mulher com unhas longas… Pode digitalizar e ampliar a imagem para nós?

— Hn… Então me doa um pouquinho dessa intuição aí, porque adoraria ter visão Raio X também… — Deu de ombros, olhando para onde ela apontava. — Um arranhão? — Aproximou-se mais da foto, estreitando os olhos. — Para quem está agonizando a morte… — Não deu muita importância, acabando por puxar a folha e enfiar na máquina apropriada, vendo-a escanear rapidamente. — Não sei o motivo de tanto caso com esse caso… — Riu do trocadilho. — Até parece que quer vingar o moço! — falou, olhando para a programação em seu computador e ampliando o máximo que conseguia. — Aí… Só fica assim! Mais um pouquinho e não dá mais nem para ver marca alguma… — A olhou. 

— Imaginação também contribui… Mas eu não vou negar ser bem curiosa para ver mesmo. — falou, já cruzando os braços e estreitando os olhos, antes de se curvar na mesa, passando o mouse rapidamente pela imagem, criando um “círculo” e usando a ferramenta de “melhoramento”, fazendo a parte selecionada ficar mais nítida, sorrindo de canto. — Eu só quero fazer meu trabalho bem feito… E… Bingo! — Olhou para ele. — Isso é nitidamente uma marca de um arranhão recente. E temos que descobrir a “dona” dessa façanha que não foi mencionada no laudo.

— Altas revelações! Desejando o parceiro! Que coisa… — Riu mais alto, antes de franzir o cenho e menear a cabeça, trocando as janelas do computador e mandando um documento para a impressão. Pegou a folha e abanou em frente à ela, sorrindo de canto. — Primeiro vamos ver! Depois… Caso comprovemos mesmo… Dou vazão ao que está dizendo e até um empurrãozinho! — Levantou-se. — Vai conseguir a assinatura dele? — Tinha uma expressão de malícia no rosto. — Sabe que ele baba nas suas curvas… — Sorriu divertido, indicando o chefe em uma sala à parte da Delegacia, que era visível pela parede composta em metade por vidro.

— Também desejaria, se estivesse em meu lugar. — Deu de ombros, já pegando o que o Lee tinha em mãos e revirando os olhos, começando a caminhar em direção a dita sala, deixando aquele barulho característico do salto se fazer presente. — Me deve uma bebida! — Deu mais uma olhadinha pra trás, sorrindo, até ajeitar a postura, batendo na sala do mais velho e adentrando. Ficou por lá alguns minutos e voltou com um sorriso no rosto e o indicador e dedo médio estendidos num “V”. — Temos trabalho para fazer… Parceiro!

— Não falei? É só abrir esse seu sorrisinho de canto aí, rebolar esses quadris e mostrar esse olhar de mulher poderosa que o chefe cai de quatro aos seus pés… Normal! Se fosse eu… Gastaria minha saliva com argumentos! — falou divertido, pegando o papel e analisando a assinatura do superior. — Women Power! — Sorriu de canto, olhando para ela e pegando o sobretudo pendurado em um dos ganchinhos. — Vamos lá, então… Parceira! — Riu, entregando-lhe a folha e começando a andar em direção a um dos Departamentos do Posto Policial, anotando na prancheta os nomes de quem saíriam na busca e os equipamentos que estavam levando.

— Hmm… E só o “chefe” está de quatro? — indagou, já pegando o seu equipamento e dando um sorrisinho para o Lee, enquanto o olhava divertida. — Porque pela percepção quanto à minha pessoa… Estou realmente impressionada! — Ajeitou a arma na cintura, de forma que ficasse imperceptível sob o casaco de couro. — Aish… Lá se vai meu estômago revirar naquele lugar, mas… Fazer o quê?

— Não vou segurar seus cabelos! Só avisando! — falou, rubricando no documento que a recepcionista lhe mostrou e respirando fundo ao olhá-la, carregando rapidamente a arma com um dos pentes fornecidos. — Bom… Se eu fosse um homem movido pela sociedade… Diria que é coisa do sexo masculino ficar notando as mulheres e seus atributos… — disse, pensativo, verificando o armamento e enfiando no coldre de perna, olhando-o atentamente para ver se estava bem disfarçado sob o sobretudo. — Mas como eu sou um homem autêntico e não vou por opinião alheia ou padrões… — A encarou, sorrindo de canto. — Não! Não é só o chefe que está de quatro! — Deu uma piscadinha para ela. — Vamos lá! — Deu um tapinha em seu ombro.

— Hmm… Bom saber também! — Começou a segui-lo, sorrindo mais largo, até jogar os fios médios de lado, dando mais uma olhadinha para os papéis em mãos e depois para o parceiro novamente. — Aliás… Será um ótimo assunto para conversarmos na próxima folga. A nossa percepção sobre o outro. Será uma conversa bem interessante… — Deu um cutucãozinho nele, já abrindo a porta de um dos veículos estacionados, sentando no banco ao lado do motorista.

O platinado acabou rindo soprado ao ouvi-la, conferindo o porta-malas do carro e olhando para os lados ao fechar uma das maletas que continham equipamento reserva, trancando tudo e entrando no lado do motorista.

— Olha o cinto! Não vou me responsabilizar por batidas e transtornos… — brincou, ligando o automóvel e apoiando o braço no banco ao lado, olhando para trás, a fim de dar a ré. — Sim… Será um ótimo assunto! E olha que eu tenho um monte para falar… Espero que tenha também! Eu gosto dessas coisas! — Olhou para a Konnyki, sorrindo de canto e trocando rapidamente a marcha, antes de arrancar de uma vez na direção do local de destino.

— Aish… Ok, ok… — Travou o cinto de segurança, remexendo-se no banco e olhando para ele, sustentando o curvar dos lábios. — Ahh… Mas você me conhece, quando eu começo a falar, difícil é me fazer calar a boca… Bom… Difícil não é. — Deu de ombros. — Mas eu também adoro esse tipo de conversa. Sempre acaba muito bem para ambos os lados. — Sorriu mais largo, quando já sentia a velocidade do carro. — Você aproveita bem quando pode dirigir assim, sem problemas, para acelerar mais, não é? Por isso sempre deixo pra você, eu adoro velocidade!

— Não discordo! — Assentiu algumas vezes, atento aos espelhos retrovisores. — Mas me diga… Muitas experiências para falar tão convictamente que dá sempre muito certo para ambas as partes? — indagou, dando uma olhadinha nela e acabando por sorrir mais largo. — E, respondendo sua pergunta… Sim! Eu realmente adoro dirigir assim! Como as multas não são creditadas… — Deu de ombros. — Aproveito mesmo! É quase uma libertação...

— Não muitas, mas boas! — Assentiu, dando uma olhadinha para ele. — Além da certeza na minha própria capacidade em não deixar alguém que acho interessante entediado com minha presença… Ou não seria eu. — falou a última parte como para si mesma. — E você? O que me diz sobre o assunto? — Abriu um pouquinho mais o vidro, deixando o vento adentrar e sorrindo com a sensação.

— Realmente… Não seria mesmo! — comentou, a olhando novamente. — Não me lembro de ter ficado entediado alguma vez ao seu lado… — Ficou pensativo. — Talvez só no início! Não te conhecia direito! Achava que seus papos “femininos” eram chatos… Então via qualquer palavra que dissesse como algo tedioso. Mas aí dei uma chance! Não me arrependo! — Assentiu novamente, virando uma das ruas e voltando a acelerar. — Ah… Algumas experiências você tem vontade de esquecer… Outras não fazem diferença… E tem as que foram mais ou menos… Mas nunca tive alguma que dissesse: “Oh, minha vida gira em torno… Preciso ter de novo!”. — debochou, rindo divertido. — E você? Alguma inesquecível? Sei que tem um Policial lá que adora ficar olhando você passar… E ele tem aquele olharzinho de quem já pegou e quer pegar de novo. — Sorriu de canto. — Hyanna, Hyanna… Eu só vou olhando mesmo!

— Mas olha que maldade, fazendo um “Pré-conceito” sobre a minha pessoa… Tcs, tcs, tcs… Ainda bem que deu uma chance, ou estaria perdendo a melhor experiência que terá na vida… — Recostou-se melhor no banco, sorrindo convencida. — Quanto a mim, ainda não tive aquele que valesse a pena a segunda vez… Aquele policial, por exemplo, nem a primeira valeu, mas deixa ele iludido, coitado. — Riu alto.  — Eu costumo dar muito de mim, apenas exijo algo que preencha de acordo, estou errada em pensar assim?

— A melhor experiência em quê? Conversar com você? — Olhou para ela, tendo um sorrisinho divertido no rosto. — Presunção da sua parte achar isso! — brincou, desviando de um dos carros e o olhando pelo retrovisor interno, até se atentar novamente a ela. — Hmm… Compreendo! — Assentiu lentamente, antes de rir. — Coitado mesmo! Sabe… Pior coisa para um homem é achar que deu tudo de si, que fez as mil maravilhas… E, no final, saber que é creditado como “nem a primeira valeu”. Triste! Espero que ele nunca descubra! — Riu novamente, ficando pensativo por um tempo. — Ahh… Eu não acho errado! Eu acredito que todo mundo espere esse preenchimento… — A olhou de relance, ficando mais alguns segundos em silêncio. — É algo natural! Mesmo porque você quer chegar em casa e saber que tem alguém “à altura” esperando pra que você se sinta… Completo, digamos… Apesar de eu ser adepto ao “se ame primeiro, depois dê amor ao próximo”... Já se estiver falando apenas de sexo… Aí… — Deu de ombros. — É buscar quem tem as mesmas “simpatias”. — Riscou aspas no ar com uma das mãos.

— Conversar é sempre um bom começo, como dissemos antes. — Assentiu, ficando pensativa alguns segundos. — Eu sei quando alguém está dando algo de si ou só buscando algo do outro para sua satisfação pessoal. Muitas vezes nessa “troca momentânea”, ambos até saem satisfeitos com o pouco que recebem, entretanto eu não me conformo com “pouco”. Mas cada pessoa é cada pessoa… Acredito que seja somente eu e minhas altas expectativas. — pausou. — Mal comparando… Eu não aposto pouco quando jogo minhas cartas na mesa. — O olhou, sorrindo de canto. — E acredito que por mais momentâneo e vazio que pareça, sempre há algo além do ato em si… A não ser que a pessoa tenha algum tipo de transtorno compulsivo ou simplesmente opte em ganhar a vida com isso; contudo o simples desejo pela outra pessoa, já mostra algo a mais. O “depois” é que dirá o nível ali… Mas seria triste um ato sem nada além de dois corpos se movendo.

— Ah, com certeza! Conversar é o primeiro passo! — falou, concordando com ela. — Pois é! Eu não sei se é melhor saber ou se iludir com o que sua mente quer acreditar. Às vezes, é bom só iludir mesmo… Mas como não sou desses “signos melosos”, não dá pra mim! — Riu divertido. — Eu também não aposto pouco! Não quando sei que vale a pena… Quando não, eu até tento, mas até hoje, preferi só deixar ir mesmo… Nada muito pretensioso! — Deu de ombros, ficando pensativo. — É uma troca muito grande! Se não tiver nada, não faz sentido! Eu falo assim, mesmo fazendo o “nada”, mas… É aquela coisa! — Sorriu divertido, estacionando o veículo e puxando o freio de mão. — O que uma noite eufórica nesses barzinhos com cheiro de erva pra todo lado não faz? — Sorriu de canto, visivelmente brincando com a situação, antes de abrir a porta. — ‘Bora lá!

— Ainda mais quando a “casca” é convidativa… — Riu divertida, já tirando o cinto e também saindo, fechando a porta e já indo pegar o que precisaria no porta-mala. — Levar uma máscara extra, só por precaução… — Colocou na sua própria maletinha, já começando a andar, com o objeto em mãos.

— Mas é claro! O melhor é quando a “casca” praticamente te chama a ficar idealizando momentos… Melhor coisa! — Riu, estendendo a folha e mostrando o distintivo para um dos rapazes na recepção, antes de apoiar o antebraço no balcão, enquanto ele validava a assinatura. — Acredito que deva ser um dos pontos altos da “sedução”. — Balançou os ombros, olhando para os cartõezinhos que ele parecia autorizar, antes de pegá-los e estender um deles para a Konnyki. — Já está avisado! Gostaria muito de tocar nos seus fios loirinhos, mas… Não será pra segurar, enquanto você põe o estômago pra fora. — Meneou a cabeça, começando a andar pelo enorme corredor.

— Hmm… Está realmente conseguindo me deixar até um pouco ansiosa assim… —  O seguia, até que chegassem no local designado. Hyanna fez uma caretinha, até colocar a máscara, que não ajudou muito, antes de enfiar as luvas descartáveis nas mãos e seguir o Lee e o responsável pelo local até uma das gavetas, puxando-a e revelando o corpo.

— Vocês deram sorte… Amanhã bem cedo o corpo já será levado à cremação, já que a família dispensou velório. — O homem dizia.

— Pois então não vai ter problema a família esperar um pouco mais, até que o caso seja revisto. — A loira comentou, já colocando o indicador na boca do homem morto, piscando os olhos, com a caretinha evidente, mas olhando atentamente algum sinal do envenenamento, antes de caminhar até a lateral do corpo, fazendo um sinal para que o Lee a acompanhasse, apontando para a marca das unhas muito bem deixadas na pele. — Não era só ilusão de óptica… — Pegou a pequena câmera, tirando uma foto.

— Pelo jeito… — O platinado curvou-se brevemente, olhando atentamente as marquinhas e franzindo o cenho. — Não é um lugar apropriado para se arranhar. — comentou, colocando outra maletinha em cima da mesa de metal e abrindo-a, começando a preparar o material. — A autorização está dada! — falou ao homem, indicando a folha que tinha colocado em cima de um dos sólidos. — Eu vou refazer esse exame de sangue… — Ficou pensativo, enquanto olhava os equipamentos, até estreitar os olhos e encarar o funcionário. — Foi você que o avaliou e fez a autópsia?

— S-sim… Eu quem estava trabalhando no dia. — Após engolir em seco, ele respondeu tantando despistar.

— Hm… — Soo assentiu algumas vezes, voltando-se para a maletinha. — E mais alguém além do irmão… Veio vê-lo? — indagou novamente.

— Na verdade veio o irmão e a esposa juntos, vê-lo… Mas ela passou mal e esperou lá fora. — comentou.

— O estranho… É que praticamente o cortou de fora a fora para recolher as amostras do veneno e fazer os procedimentos necessários, mas não viu essas marcas aqui? — Hyanna meneou a cabeça, ao vê-lo ficando calado.

— Claro! Porque são insignificantes, não? — O Lee deu uma olhadinha para o rapaz. — Por ser suicídio… Olhar o corpo todo não é opção! — Soltou um riso soprado, antes de ajeitar a seringa. — Muito estranho! — Deu mais uma passada com o olhar no rapaz, antes de perfurar a pele do falecido com o objeto, coletando o que necessitava. — Minha parte já foi… Mais alguma observação? — indagou a Hyanna.

— Não… Eu também já encerrei com o que me cabia. — A Konnyki assentiu para o parceiro, afastando-se dois passos do corpo e dando mais uma olhada para o funcionário:  — E, realmente não há nada que queira comentar além do citado no laudo?

— Não. Tudo o que sei é aquilo que disse no laudo.

Soo guardou o que tinha coletado corretamente na maletinha, retirando a máscara e olhando para o rapaz.

— Faz tempo que trabalha aqui? — indagou, como quem não queria nada. — Você tem família para sustentar? Porque estou te notando meio nervoso… Não vamos sair atirando para todo lado. — Sorriu divertido, ainda escorado-se por ali.

— Pouco mais de um ano… — falou, já piscando os olhos, mas logo os desviando. — Eu… Tenho… Mas, com todo o respeito, isso não faz parte do caso, faz?

— Não! Não faz! — respondeu, olhando-o e ficando alguns segundos em silêncio. — É só porque… Se eu tivesse uma família para sustentar também… Eu pensaria bastante em fazer o que estivesse ao meu alcance. — Deu de ombros. — Acho nobre da sua parte! — Abriu um leve sorriso.

— Também acho! — Hyanna descartava corretamente o material que usara, entrando no assunto, normalmente. — Até porque são trabalhos muito exigentes para um salário que às vezes não é o suficiente… Eu mesma, fico preocupada todo fim de mês para fechar tudo “no azul”. — falava, assentindo. — E olha que só tenho a mim mesma. — Sorriu para o homem, com certa gentileza. — Mal aguento cinco minutos aqui dentro… Ter que lidar todos os dias com isso não é fácil. Sua esposa e filhos devem ter muito orgulho do profissional competente que é… Ainda mais hoje em dia quando tantos tentam trabalhos desonestos, só por dinheiro… Então temos, sim, que enaltecer os trabalhadores honestos! — Deu um tapinha no ombro do homem, que até chegou a pigarrear, não conseguindo olhar para nenhum dos dois.

— Exato! Hoje em dia é muito difícil quem contribua… — Soo concordou, enquanto ajeitava alguns dos papéis que tinha do laudo da perícia. — Principalmente, com dois Detetives da Polícia… É muito raro achar alguém que ajude a fazer justiça! Porque… As coisas estão tão loucas. Cada dia é uma ocorrência diferente! Tanta corrupção nas empresas, nos locais de trabalho… Tanto assassinato de pessoas inocentes, tanta violência… Para pessoas que querem ser íntegras, está difícil! — Assentiu, suspirando. — Ainda bem que somos da parte da Segurança Nacional, principalmente Municipal e estamos contribuindo para os valores humanos, além da vida inocente dessas vítimas. — Olhou para o cadáver, balançando a cabeça. — É realmente terrível! Fico imaginando se fosse alguém da minha família… Acredito que gostaria de ir atrás do “por trás”. — Piscou algumas vezes, pegando a maleta. — De qualquer forma… Agradecemos pelo seu trabalho! — Abriu um leve sorriso e acenou com a cabeça.

— Exatamente, Detetive Lee! — Hyanna assentia. — Mas, como sempre dizemos, a verdade logo vêm à tona, ainda mais com nós dois no caso! — Deu uma olhadinha para o homem, ainda sorrindo. — Não esqueceremos da sua boa vontade, senhor… — Olhou o crachá. — Takashi… — falou, estendendo um cartãozinho pra ele. — Mas caso surja algo, qualquer coisa que seja, que “tenha se esquecido” de mencionar na declaração oficial e queira conversar… É só ligar! Obrigada por seu tempo. — Piscou, já olhando para o parceiro e saindo da sala.

— Com certeza, Detetive Konnyki! Nós dois somos imbatíveis! — O platinado abriu um sorrisinho de canto, olhando para o funcionário e fazendo um sinal afirmativo com a cabeça. — Obrigado! Não deixe de olhar o número! — Deu uma piscadinha para ele, antes de seguir a loira, colocando-se ao seu lado. — Suborno… Chantagem… Muitas possibilidades! — falou baixinho, pensativo.

— Ele não parece ser má pessoa… Só acabou cedendo ao dinheiro, como a maioria. — Deu de ombros. — Mas eu acredito que não vai demorar a entrar em contato. Ele viu que não estamos brincando, e quando tudo se esclarecer, ele como o menos favorecido, será o primeiro a cair. — Olhou para Soo, balançando os ombros. — Eu, no lugar dele, tentaria consertar as coisas antes...

— Eu também! Só acho burrice dele não ter falado de uma vez… Talvez, tenha medo! — Balançou os ombros. — Mas qualquer minuto que se passa… — Olhou o relógio de pulso. — É um a menos ou um a mais na vida dele… Só tem que escolher certo! De qualquer forma, se ele não entrar em contato até amanhã, pedimos vigia… Acho que o chefe vai liberar se apresentarmos algo. — Olhou rapidamente para ela.

— Essas paredes… — A Konnyki fez um movimento circulatório com a mão. — Tem olhos e ouvidos… Até entendo o “silêncio” dele. — Fez uma caretinha. — Mas vamos sair logo daqui… Me dá arrepios! — Passou as mãos nos próprios braços. — Peça urgência nesse exame de sangue...

— Melhor do que arriscar um telefone grampeado ou alguém vendo ele ligar para nós… Pelo ou menos, já estávamos aí! Ninguém desconfiaria! — Deu de ombros, meneando a cabeça. — Mas o coitado está querendo proteger a família… Compreensível! — Assentiu para ela, já retirando o crachá com o cartão de identificação, quando ouviu passos apressados e um “psiu”. — Isso que eu chamo de “bingo”! — Sorriu presunçoso para ela, antes de olhar para trás.

— Desculpem incomodá-los mais uma vez, mas só queria devolver o relógio que a senhorita deixou na sala… — Estendeu para a Konnyki o objeto, com um papelzinho enrolado, imperceptível aos olhos do homem que estava na recepção, parecendo “distraído”, mas bem atento; logo voltando pelos corredores, sem levantar suspeitas.

— Ahhh! Que cabeça a minha! Devo ter deixado na hora que coloquei as luvas. — A loira assentiu, agindo normalmente. — Obrigada por sua gentileza! — Apenas deu uma olhadinha para Soo, assentindo, e já deixando seu cartão e indo em direção à saída do prédio.

— Vamos sair de uma vez! — O Lee falou ao entrar no carro, ligando-o e arrancando rapidamente. — O que diz?

— Aqui tem um endereço e um horário… Daqui há quarenta minutos. — Acessou o GPS do veículo, procurando o local e vendo que se tratava de um pequeno mercado familiar, que também funcionava como bar. — Talvez seja algum lugar que ele sempre vai após o expediente… Temos o endereço dele? Se for perto, confirma...

— Pode ser! — O platinado assentiu algumas vezes, pegando o celular e ligando rapidamente para um número, colocando-o no ouvido, em seguida. — Olá, Kim! Sim, pois é… Muito tempo mesmo que não vou aí olhar essas programações. De qualquer modo, já deu certo, não é? — pausou alguns segundos. — Ah, eu só queria confirmar um endereço… É que eu deixei as pastas na delegacia e estou em um 441… Nada demais! — Balançou a cabeça, abrindo rapidamente uma das pastas sobre as pernas da Konnyki e falando o nome do funcionário. — Hm… Sim… Estou com caneta! — Revirou os olhos. — Ah, certo! Valeu aí! Eu vou indo! Emergência... — Desligou, olhando para ela. — Mesma rua! — Deu de ombros.

— Então acho que podemos dar uma passadinha para “comprar um lanchinho”, não? — brincou. — Não sei você… Mas eu estou com fome! — Também balançou os ombros.

— É claro! Eu estou com vontade de comer chocolate… Hmm… Chocolate! — Riu divertido, balançando a cabeça e trocando a marcha, virando bruscamente a direção do carro. — Também gosta da adrenalina? — Olhou para ela com uma expressão empolgada.

— Mas eu adoro! Fico extremamente excitada nessas situações! — Sorriu largo, o olhando de relance. — Ahhh… E falou do chocolate com uma boca tão boa… Vai ter que dividir agora.

— Hm… Depende! — Soo estreitou levemente os olhos, mantendo um sorrisinho nos lábios. — Você está falando de dividir o chocolate… Ou dividir o chocolate na minha boca? Seja mais específica, Detetive Konnyki! — Riu.

— Chocolate? — Acabou dando uma risadinha. — Nem me lembrava mais dele, te vendo mover os lábios para falar… 

— Hn… — Riu divertido, dando uma olhadinha nela. — Então pensamos o mesmo… Eu devo dizer que está superando expectativas, Konnyki! Mas não esperaria menos de você… — Sorriu mais largo.

— Você já vem superando as minhas faz tempo… — Olhou seu reflexo no espelhinho interno do carro, como se arrumasse os fios loiros, já sorrindo mais largo e voltando a olhá-lo. — Acho que é nessa rua adjacente. Faltam doze minutos… Ficar muito tempo lá levantaria suspeitas de que estamos esperando, então acho que esses sete minutos podemos ficar aqui… Passando o tempo...

— Ah, mas eu nunca devo ter expectativas para ser atingidas! Eu sou maravilhoso demais para ter um limite! — Sorriu de canto, antes de assentir e estacionar em um local não tão suspeito, recostando-se no banco e piscando algumas vezes. — Sete minutos… Como aquela brincadeira… Sete minutos no Céu! — Riu divertido, a olhando. — O que faria em Sete minutos no Céu, Hyanna?

Hyanna soltou o cinto, alongando-se e cruzando as pernas, virando o corpo para o lado, olhando melhor o parceiro e apoiando um dos braços no banco, voltando a mexer em seus fios, até fazer uma expressão pensativa.

— Hmm… Depende. Se for “sete minutos no céu” com qualquer pessoa, tentaria conhecê-la melhor, sei lá… Mas com você… — Alargou o sorriso, tombando o corpo pra frente, ao mesmo que segurou na beirada do sobretudo do Lee, o puxando a si e falando em seu ouvido: — Te mostraria o paraíso… — Sorriu lépida, o olhando nos olhos e mantendo a proximidade. — E você, Soo? O que faria?

— Oh, é mesmo?! — O platinado arqueou uma das sobrancelhas, sorrindo de canto e acabando por desviar o olhar para os lábios dela, alargando o sorriso. — Talvez… Eu gastasse um minuto para uma viagem… O céu nunca me atraiu! Prefiro o calor do inferno. — Tombou levemente a cabeça de lado, aproximando mais. — Então… Você só gostaria do céu ou aproveitaria para conhecer lá embaixo?

— Ninguém disse que o “paraíso” é exatamente no Céu… É onde o fizermos ser, não? — Deu um risinho soprado, já roçando os seus lábios aos dele. — Adoraria me queimar lá embaixo se fosse com seu fogo! — Mordiscou o lábio alheio, já sorrindo mais uma vez e avançando com mais intensidade, movendo os seus sobre os dele, como se os devorasse, num ritmo gradativo, enquanto fechava os olhos e tombava a cabeça de lado; já agarrando os fios platinados e puxando-os na direção contrária, a que tinha tombado a cabeça.

O Lee não evitou o leve sorriso que abriu, acabando por se deixar levar pelo contato da loira, também avançando e levando a mão até o rosto da Konnyki, fazendo uma breve carícia antes de descer com os dedos, parando em sua cintura, onde deixou um apertãozinho. Também não teve muita reserva em simplesmente enroscar as línguas em um movimento meio louco, mas que arrancou-lhe um baixinho arfar, seguido de um risinho quando separaram por segundos. Não deixou muito espaço para que ficassem longe um do outro e tomou os lábios dela mais uma vez, fazendo uma pressãozinha, como se a “empurrasse” levemente para trás, apenas para que conseguisse sentir melhor o atrito entre as bocas.

Era fato que a loira já estava há bastante tempo apenas imaginando como seria beijá-lo, e até tinha feito muitas teorias e suposições… Mas, de longe, cogitou acabar se perdendo naquele contato como estava “perdida” naquele momento em que ele realmente parecia ter o controle total de si. E ela adorou ser dominada daquele modo por aquele homem. Ainda deu mais um repuxãozinho nos fios clarinhos, antes de deixar a mão escorregar pelo pescoço e acabar sobre o peitoral. A fechou levemente, apenas para que ele sentisse a “leve” pressão de suas unhas sobre o tecido da blusa, contra sua pele, antes de afastar a mão minimamente, apenas para deixá-la ir com tudo contra o peitoral dele, agarrando o tecido e o puxando mais a si novamente. A cabeça chegou a praticamente tombar para trás, com o contato e ela não conteve um riso entre o ósculo, soltando um “hmmm” baixinho, quando os lábios mais uma vez se afastaram, entreabertos.

— Gostoso! — balbuciou, deixando a mão fazer mais uma pressãozinha no peitoral masculino, sorrindo travessa e deixando a língua irromper mais uma vez para a boca alheia, circulando a outra, sem unir os lábios, e o soltando de vez, lambendo os próprios lábios.  — Muito gostoso… — O olhava fixamente.

— Obrigado! Eu sei disso! — falou convencido, rindo e também passando a língua pelos lábios, virando-se melhor para ela. — Mas… Talvez, eu deva admitir que você beija gostoso também! — Estreitou brevemente os olhos, em uma expressão divertida. — Quanta selvageria… Vou acabar ficando todo marcado. — Olhou para baixo, rindo mais alto. — Ainda bem que eu não dispenso! — Deu de ombros.

— Devíamos nos… Beijar… Mais vezes então. — Deu de ombros, tombando a cabeça ao olhá-lo, até deixar mais uma lambidinha no cantinho da boca dele, voltando a recostar no banco, tentando manter a respiração estável novamente. — Se for pra não deixar minha marca, eu nem chego perto… — Deu mais uma olhadinha no parceiro, estendendo o braço e colocando a mão sobre a coxa dele, dando um apertãozinho. — Quero terminar essa “conversa” com calma, depois… — Piscou, sorrindo de canto. — Mas os nossos “sete minutos no céu” aqui terminaram… — Suspirou, como se estivesse indignada.

— Achei que já tínhamos deixado isso acordado! — comentou, passando a mão pelos cabelos. — De qualquer modo, a partir de hoje está combinado! Ainda quero chegar muito além dos sete minutos, se quer saber… — A olhou com uma expressão coberta de malícia, antes de rir divertido. — Ai, ai! Esse trabalho que chama… — Negou com a cabeça, estalando a língua no céu da boca, antes de dar partida com o carro.

— Não fique me olhando desse jeito… Ou eu vou escutar quem está me “chamando” mais alto… E não é o trabalho. — Olhou atenta pela janela do carro, até confirmar o local. — Quanto antes terminarmos isso, melhor é. Vamos lá! — Deu uma piscadinha pra ele, descendo o olhar pelo corpo masculino e dando uma mordidinha no lábio. — Oh… Quero muito mesmo me queimar “aí embaixo”! — Abriu a porta do veículo, já saindo.

— E você quer que eu olhe de que jeito? — Soo acabou rindo, acionando o alarme do automóvel. — Da próxima… Ouça o que chama mais alto, sei lá… Vai que é uma pista! — brincou, sorrindo descontraído. — E espero que “se queime” mesmo… Não sei como não pensamos nisso antes. Aish! Que coisa! — Piscou algumas vezes, ajeitando o sobretudo e conferindo de relance os equipamentos escondidos, antes de se colocar em frente à entrada do local combinado. — Não sei se sinto uma coisa boa ou uma coisa ruim sobre… Mas ok!

— Não é o local de “melhores vibrações” do mundo… — Deu uma olhadinha para alguns homens que bebiam nas três mesas dispostas por lá, franzindo o cenho quando notou um deles a olhando quando notou sua presença ali. Voltou o olhar para o Lee e adentrou, já caminhando por entre as prateleiras, com os poucos produtos que eram disponíveis ali, até ver o tal Takashi chegar, cumprimentando os que estavam na mesa com um aceno, dar “boa noite” à senhora que atendia no balcão e pegar uma cestinha, já indo na direção dos outros dois, olhando normalmente alguns produtos.

— Desculpe não ter falado antes… Aquele local é complicado. — disse em tom baixo, colocando um pacote de biscoito na cestinha.

— Não sei qual não é… — O platinado balançou os ombros de leve, alternando o olhar entre os dois. — Mas não se desculpe… Só prossiga!

— Esses homens são apenas um pessoal simples que vive por aqui. Os de lá estão quase todos bem pagos para “andar na linha”. — Pegou outro produto, fazendo um gesto com a cabeça para a máquina de café expresso mais á frente e sorrindo para a senhora atrás, no balcão. — Eles estão procurando aquele chá, senhora Go… Acharam que ficava nas prateleiras… 

— Ah! Deviam ter falado antes… Eu vou pegar, não demoro. — A senhora sorriu largo, já adentrando uma portinha.

— Só existe esse chá por aqui. É um ótimo calmante e ajuda a dormir bem. — comentou, já pegando um copinho descartável e servindo-se com a bebida quente. — Eu vi que a vítima tinha as marcas no corpo… As de arranhão, bem como outras que mostravam que ele havia tido relações com alguma mulher… Isso não é tão anormal assim, mas não faria sentido ele ter se matado depois disso. — Bebericou um gole, como se ordenasse as ideias. — Embaixo do lábio inferior, tinha uma marca profunda de unha também… Minha dedução é que alguém o forçou a ingerir o veneno e o segurou com força daquele modo. E para ter a marca, ele estava deitado e a pessoa por cima… — Deixou o copinho sobre a mesinha. — Aparentemente não foi o irmão quem pediu isso… Porque ele parecia sem saber desses detalhes, mas uma outra pessoa, que eu não sei quem é, pediu discrição quanto à “mulher” que acabou deixando essas evidências… E foi essa pessoa que pagou boa parte da equipe. O dinheiro só chegou até mim, pedindo para que eu somente assinasse o laudo pronto… E todas minhas considerações foram ignoradas. Mas eu fiz os pedidos das análises… Se vocês conseguirem obter aqueles resultados antes que cheguem no departamento… Serão as provas reais! Mas se chegar lá, serão destruídas imediatamente. Acreditem… Todos estão envolvidos!

— Então está confirmado que não foi suicídio… — Soo olhou para a Konnyki, ficando pensativo, até voltar para o homem. — Estão digitalizados? Ou temos que chegar de outro modo?

— Como suspeitávamos… — Hyanna olhava também para o homem, vendo-o pensativo, até deixar escapar um longo suspiro.

— Os arquivos que eu tinha já foram deletados… Vocês terão que conseguir as provas físicas. As análises passam por vários setores e obtém assinaturas de, pelo menos, quatro pessoas, antes de chegar ao departamento, para que seja válido. Seria difícil intervir nisso… — pausou — Terão que dar um jeito de ir direto ao laboratório ou interceptar o envelope com os resultados, antes de serem entregues… São dados sigilosos, pois envolve os federais, diferente do departamento.  — Deu mais uma olhada para os dois. — Eu… Não posso fazer mais nada... — Assentiu, já andando até outra prateleira e pegando mais um produto, jogando na cestinha.

— Fácil não vai ser… Mas… — Hyanna olhou para Soo.

— Ou nem tanto… — O platinado ficou algum tempo pensativo, até abrir um sorriso de canto. — Já sei até o que podemos fazer! — Olhou cúmplice para ela, antes de indicar a saída. — Vamos! Eu te explico no caminho...

— Pela sua expressão… — Deu um sorrisinho, dando um breve aceno para o homem, ao passar por ele, já seguindo o Lee. — Coitada da senhora com as folhas de chá… — Balançou os ombros, ao voltar para o carro, com ele. — Estou ouvindo!

— Ah, ela demorou demais! Se tivesse chegado antes, eu até tinha comprado! Apesar de odiar chá… — Riu divertido, voltando a dirigir pelas ruas da cidade. — Então… Antes de você chegar? Eu tinha um parceiro, mas ele saiu da Polícia e passou em um concurso federal… Adivinhe para onde ele foi? — Olhou para ela, mantendo o sorrisinho no rosto.

— Ok, ok… Eu devo admitir que você é realmente o cara mais sortudo do mundo! — Balançou a cabeça, desacreditada, dando uma risadinha. — Seu antigo parceiro está neste laboratório? — Era meio óbvio o que ele ia falar, mas era tanta coincidência, que ela teve que perguntar pelo simples prazer de ouvir a confirmação e não pensar que era loucura da sua cabeça.

— Com certeza! — Assentiu convicto, rindo divertido. — Quando ele me disse, não dei muita importância ao cargo que ele assumiria e ao local, afinal, geralmente, conseguimos antes que chegue até lá. Porém… Nesse caso, vai nos cair muitíssimo bem! Já que ele sabe como é o trabalho da polícia e me conhece! Não teremos problemas em conseguir as análises! — Alargou o sorriso.

— Vai nos poupar um bom tempo! E, se tudo bater, como o Takashi comentou, já teremos uma teoria pronta e vai faltar somente descobrir quem é ela! — Hyanna assentia. — Mandou bem, parceiro! — Deu um tapinha no ombro alheio, até abrir um risinho de outro teor. — Esse seu parceiro nos será bem útil… Mas acredito que a “troca” foi boa também em outros ângulos...

— Exato! E essa parte será mais fácil… Eu acredito! — Soo assentiu, dando uma olhadinha nela. — Eu sempre mando bem! — Soltou um risinho, antes de ficar pensativo e alargar o sorriso. — Pode-se dizer que sim! Ele foi para um local mais exigente, porém reservado… Tem um salário bom! Conseguiu fazer as coisas que ele queria antes e, estando na Polícia, não era possível… — Anuiu com a cabeça. — Já eu… — Riu anasalado. — Fiquei alguns dias me arriscando pelas ruas de Seul, mas… Logo o chefe me anunciou a nova parceira. No começo fiquei bem desconfiado, afinal, nunca tinha trabalhado com uma mulher, mas… Eu estava errado! — Arqueou ambas as sobrancelhas. — E só admitirei isso essa vez! — A olhou. — Então… Sim! Foi uma ótima troca!

— Isso soa tão bem aos meus ouvidos! — A Konnyki sorria, comentando em tom divertido, dando outro tapinha no ombro dele, permanecendo com a mão lá, fazendo uma pressãozinha. — Também vou admitir somente uma vez, mas… Foi a melhor mudança que já houve na minha vida! — O soltou, dando-lhe uma olhadinha, até se voltar para frente. — Mudar de cidade, departamento e recomeçar ao lado de alguém que já tinha um “currículo” de peso como o seu me causou certo medo no início… Mas vi que foi a melhor parceria que eu poderia ter. — Assentiu. — Espero ainda que tenhamos tantas outras experiências dessa parceria, além da profissional. — Piscou, cruzando os braços e remexendo-se no banco.

— Também é música para os meus ouvidos, apesar de saber que qualquer um falaria isso, afinal… Eu sou eu, não é mesmo? — Deu uma olhadinha nela, sorrindo largo. — Ahhh, mas se te colocaram com um “currículo de peso” é porque mereceu… Já que tem outros detetives lá também. No entanto, nos quiseram juntos! E você fez muito bem descobrindo o caso dos Parks em Busan. — Assentiu algumas vezes. — Aquele detalhezinho… Teria me pegado! Talvez, viram que unir as habilidades trariam grandes feitos. E esse caso de agora… Será um deles! — Voltou a sorrir. — Mas que bom que foi uma das melhores parcerias. Não vou negar que para mim também! — Franziu levemente o cenho, olhando para o lado, antes de voltar para frente. — Eu não “espero”... Digo que teremos… — Riu, a olhando novamente, porém de relance. — Não sei as expectativas contam dessa vez, mas… Eu estou é mais curioso!

— É bom trabalhar com pessoas com quem haja essa troca! Acaba que um ajuda o outro a crescer e evoluir, além de ser ótimo para a “justiça” de modo geral… — Recostou a cabeça no banco. — Ahhhh… Curiosa… Curiosa… Eu acho que estou bem além de curiosa! — Deu mais uma olhadinha para ele, virando a cabeça de lado. — Curiosidade é somente uma das tantas coisas que vêm despertando em mim, Detetive Lee… Não sei se é por minha natureza, ou não… Mas quero descobrir muito mais. — O olhava, como se o “escaneasse” com a visão. — Eu olho, penso, mas sempre parece ter algo bem maior à frente… E é ótimo quando descubro. — Voltou a olhar pra frente novamente. — Se tudo for do teor daquele beijo… Estamos perdidos!

— Mas é claro que é bom! Também gosto bastante! Evolução é sempre a meta! — Sorriu, assentindo e a ouvindo atentamente, enquanto mantinha uma expressão amena. — Hm… Então, depois quero saber essas tantas coisas que ando despertando por aí… Caso seja da sua vontade, posso até falar também… — Alargou mais o curvar de lábios. — Mas eu prefiro mostrar… Descobrir é uma boa! — Riu soprado, dando mais uma olhadinha nela e acelerando mais o veículo. — Perdidos… Por qual motivo?

— Vou esperar que me mostre então… — Mordeu o lábio inferior, voltando a olhar para o platinado, curvando os lábios, num risinho de canto. — Vamos acabar perdendo a hora… E não por dormir demais!

— Você é perigosa! — Soo falou, tendo um tom entre o divertido e o sério. — Eu gosto disso! — Passou a língua pelos lábios, piscando algumas vezes e mantendo o olhar atento na estrada. — Espero mesmo que percamos a hora, então… É uma das coisas que eu gosto bastante de fazer. — Riu, a olhando rapidamente. — Por um motivo como esses vale a pena. E não seja tão presunçosa, quando tem a certeza bem ao lado… — Apontou para si mesmo, antes de parar com o carro. — Chegamos!

— Adoro ter “certeza”! — Já retirou o cinto novamente, fazendo um movimento com a cabeça, como se alongasse o pescoço, até olhar para o prédio, ficando mais séria e voltando a olhar para o parceiro. — Então vamos! Eu não sei você, mas não vejo a hora de encerrar o expediente… Tem outros “casos particulares” que merecem a minha atenção e tenho que investigar a fundo… — Deixou que a mão fizesse uma pressãozinha no ombro do Lee, antes de deslizá-la pelo braço dele e recolhê-la a si. — Sem todo esse tecido, claro… — Saiu do veículo.

O Lee abriu um sorriso mais largo, antes de sair do carro e trancá-lo, andando até a loira e não evitando em erguer as mãos, dando um apertãozinho em sua cintura, como se “trocasse de lugar” e a colocasse do seu outro lado, mantendo o sorriso.

— É claro… Somos Detetives, não? Procuramos os mínimos detalhes. Adoro investigações minuciosas! — Deu uma piscadinha. — Mesmo porque é uma das coisas que faço de melhor… — Riu divertido. — Vamos lá! — Empurrou a porta de vidro, esperando que ela passasse primeiro.

— Olha só… Temos então muito em comum, porque eu também não deixo passar nenhum detalhezinho sem ser muito bem… Investigado… — passou por ele, ao entrar no local, dando uma piscadinha e um sorrisinho obsceno. — Até porque adoro brincar com fogo! — falou mais baixinho.

— Ótimo! — O Lee riu baixinho, a olhando de cima a baixo, antes de soltar a porta e se colocar ao seu lado. — Quem sabe brincar com o fogo, o conquista para a vida… Vamos ver como se sai! — Deu uns tapinhas no ombro dela, antes de se encaminhar para a recepção.

— Digo o mesmo quanto a você… Eu incendeio em questão de segundos… — Novamente se colocou ao lado do mais alto, fazendo uma expressão séria e perigosa. — E depois que começar a queimar, já era...

— Igual incêndio em mata… Nunca apaga! — Olhou para ela e sorriu, falando com um dos rapazes da recepção e esperando alguns minutos, antes da entrada ser permitida com a utilização dos crachás de visitantes. Subiram até o último andar pelo elevador e foram guiados a um dos setores, onde o platinado logo falou com o antigo parceiro de profissão, trocando algumas amigáveis palavras, antes que o homem percebesse a urgência com que queriam as tais análises. Após ele sumir por entre os corredores bem divididos, voltou com uma pasta mediana, contendo os papéis com a verdadeira autópsia e as análises feitas pelo funcionário do necrotério. — Muito obrigado, Kwan! É de grande utilidade… — Indicou a pasta, já recebendo o cumprimento do colega e algumas advertências. — Vamos de uma vez, antes que achem suspeito… — Olhou para um dos homens que tinha os olhos vidrados nos dois.

— Vamos, vamos! — Hyanna assentiu, já fazendo um aceno com a cabeça para o homem que os havia ajudado, antes de se virar para o parceiro e começar a andar ao seu lado, já nem olhando para trás. — Acredito que depois de ler isso, o resto será moleza! — Fez um joinha para ele. — De novo, mandou bem, Detetive, Lee! Nada como conhecer as pessoas certas!

— Com certeza! — Soo assentiu, sorrindo ao olhar para os papéis. — Isso aqui vale ouro! Vamos logo para a Delegacia, antes que caia nas mãos erradas… — falou, dando mais uma olhadinha para os lados, antes de entrar no elevador e esperar que ela se colocasse ao seu lado. — Pois é… E de confiança! É raro hoje em dia! — Respirou fundo, passando pela recepção quando chegaram ao primeiro andar e deixando os crachás. Entraram no veículo e rumaram direto para o posto policial, onde foram para uma das salas privadas e analisaram cada um dos papéis, fazendo as devidas anotações e reunindo todas as peças do caso. — Agora é esperar o resultado… — falou, olhando para a máquina que analisava os componentes do sangue coletado.

Dentre alguns nomes científicos encontrados no composto químico identificado no exame de sangue da vítima, algo chamou a atenção da Konnyki, que recostou-se melhor na cadeira e ficou a observar o papel impresso que havia em sua mão, até arregalar levemente os olhos, sorrindo como se tivesse feito a descoberta do ano.

— Eu estava incomodada com esse nome aqui… Mas eu me lembrei! Ele foi liberado há pouco no mercado da beleza aqui em nosso país… Inclusive causou muita polêmica por parte de profissionais da área científica e da saúde, por não ser muito seguro de se usar e poder levar ao óbito, caso não seja bem manuseado; o que levou aos defensores, terem que diluí-lo, para não ser tão nocivo… Ele tem várias funções “mágicas”, que prometem milagres para a pele; eliminando permanentemente cravos, espinhas e até pêlos… Tudo isso porque ele literalmente ataca a “raiz” que causa esses incômodos e “mata” essas células, não permitindo que ela se renove naturalmente, ou mesmo que nasça outra no lugar… Isso seria ótimo, se apenas tornasse nossa vida mais prática e não fosse nocivo, mas os danos podem ser irreversíveis, se a aplicação atingir outras células… Isso causaria dentre tantas coisas, câncer, parada cardiorespiratória por envenenamento e até uma inflamação grave por alergia… — Hyanna olhou para o parceiro. — Se eu estivesse com pensamentos suicidas, teria escolhido outra droga ou veneno para me matar… Até porque este é um produto que não se têm muito conhecimento, se você não é antenado em beleza feminina… Outro fato, é que nessa região, somente um local está apto a trabalhar com este produto, que é fornecido em quantidades grandes, ou seja, para se conseguir, teria que ser diretamente com o proprietário… O que nos leva ao fato de que… Provavelmente essa mulher que esteve com nossa vítima, está ligada diretamente ao assassinato! Temos o material genético dela de sobra nesses resultados, mas ela não está no nosso banco de dados, sendo assim, teremos que achar suspeitas e pedir uma ordem judicial para a coleta do DNA para comparar… — pausou, digitando algumas coisas em seu laptop e o virando para o Lee, mostrando o nome de um salão de beleza que ficava no centro e era famoso por atender somente clientes da elite. — Podemos começar por aqui… Geralmente esses locais só atendem clientes fixos e tem tudo anotado, inclusive com o tipo de serviço prestado… Agora é lei este tipo de exigência… Após conseguir uma lista, basta associar as que podem ter algum envolvimento com o falecido e recolher os materiais genéticos, depois é só fazer a comparação e “xeque-mate”! Nada que um bom interrogatório não resolva. — Cruzou os braços. — Devo admitir que foi realmente argiloso usar um veneno tão desconhecido, mas a falha dela, além do fato de ter a mim como uma das investigadoras, é que o por ser menos conhecido e ser usado somente em um possível lugar por aqui, só facilita a nossa vida...

— Talvez ela contou com o fato de que iam suspeitar de suicídio… Não homicídio! — Soo falou, olhando para o laptop que ela lhe mostrava e ficando pensativo por algum tempo, voltando para a máquina. — Realmente… Em partes, um plano muito bem bolado! — Meneou a cabeça, sentando na cadeira giratória e aproximando os olhos do microscópio, movendo as células que analisava e digitando algumas coisas no computador ligado. — Eureka! — Riu, recostando-se na cadeira. — Um dos componentes desse seu tal veneno letal é bem conhecido… — Deu um click, mostrando a imagem do que parecia ser um produto de limpeza. — Ácido muriático! Ótimo para limpar, mas… Realmente fatal! — Tombou a cabeça de lado. — Como que uma pessoa em sã consciência vai preparar uma substância com algo tão… Fulo e prejudicial? Que coisa! O ser humano não tem mais o que inventar, aí fica fazendo merda… — Outro click e o resultado foi impresso. — Vamos reunir as provas e mostrar ao chefe amanhã… Com isso, conseguimos o que quisermos praticamente. — Respirou fundo, passando as mãos pelos cabelos e tombando levemente a cabeça para trás, antes de abrir um sorriso. — A parte dela não saber que tem você como investigadora é um ponto realmente fortíssimo... Poucas pessoas deduziriam isso! — pausou, curvando mais os lábios. — Hyanna Konnyki e seus pequenos detalhes… Minuciosos… Não passam despercebidos pelos olhos de lince… — Riu soprado. — Muito bom! Meus parabéns! — Bateu algumas lentas palmas, olhando-a com o sorriso largo. — Sou privilegiado!

— Ah… Não foi algo tão difícil! Como disse, é um nome que não é tão conhecido, mas que quando se vê do que se trata, entrega tudo de bandeja… — Fechou o laptop, cruzando as pernas e novamente alongando os braços, movendo a cabeça de um lado para o outro, acabando por sorrir se leve, retirando o casaco de couro e o colocando sobre as pernas cruzadas. — E eu preciso ter “bons olhos” para acompanhar a sua boa lábia… — Piscou. — Apenas consegui enxergar o que, teoricamente, já tínhamos suspeitado. Mas… Amanhã é só falar com o chefe e está tudo certo… Estamos quase lá! — Tombou o tronco levemente para frente, apoiando o cotovelo sobre o joelho e a cabeça na mão, olhando diretamente para o platinado. — Hmm… E veja só o Detetive Lee me elogiando… Vou acabar ficando mal-acostumada assim… E isso é porque nem conhece todos os meus “talentos”... Eu, se fosse você, guardaria isso para mais tarde. Ainda nem viu a melhor parte!

— Sim! É claro… — O Lee assentiu, permanecendo a olhá-la. — Ele não vai recusar! Está tudo na cara! — Deu de ombros, endireitando-se na cadeira e girando-a para os lados. — Pois é… Eu elogiando alguém! Isso é muito raro! Muito mesmo! — Riu divertido, olhando para baixo, enquanto continuava naquela “brincadeira”. — Mas eu faço quando é merecido! E não foi só agora que elogiei… — Deu de ombros, voltando a olhá-la, alargando o sorriso. — Ah, é mesmo? E o que você acha que vai acontecer mais tarde? Ou melhor… O quê, onde, como, por quê? 

— E é exatamente esses elogios que têm me deixado bem… Instigada… A seu respeito. — Acabou por descruzar as pernas, já se levantando da cadeira onde estava, deixando o casaco por lá e se aproximando do Lee, curvando-se e segurando cada um dos “braços” da cadeira onde ele estava, forçando-o a parar com os movimentos e deixando os rostos ficarem bem próximos, enquanto sorria, o encarando. — Achar, eu não acho nada… Nós vamos para o meu apartamento, terminar isso de um modo mais… Descontraído. — Elevou o tronco, piscando. — Aqui já está sufocante e… — Deu uma olhadinha para um pontinho vermelho, piscando no cantinho do teto. — Não gosto de espectadores… — Deu a volta pela cadeira, deixando as pontinhas dos dedos deslizarem pelo ombro e pescoço do Lee, até fazer com que somente as pontinhas das unhas longas fizessem esta “carícia”. Curvou-se novamente, dando um apertãozinho nos ombros dele, colando os lábios na nuca e deixando um beijo estalado. — Eu sou boa de tato também, Soo… E adoraria ouvi-lo me elogiando por isso… — O deixou, passando por ele e indo até seu casaco, o pegando. — E, aí? Me dá uma carona?

O platinado ficou a observar cada contato feito em si, até que abriu um sorriso e soltou um breve riso ao final, olhando-a e arqueando ambas as sobrancelhas, antes de levantar e clicar no botão apropriado, desligando o computador.

— Realmente… Não estamos sendo pagos para isso! — Deu de ombros, guardando os componentes que tinha utilizado para análise, deixando-os nos locais apropriados, antes de pegar o sobretudo e a pastinha que carregava consigo. — Vamos ver se é boa mesmo! Se for… Não duvide que eu fale bastante sobre! — Deu uma piscadinha. — É claro que dou! Vamos lá… — Sorriu, aproximando-se da porta e abrindo-a, esperando que ela passasse.

— Que cavalheiro… — Passou por ele, deixando que a mão desse um apertãozinho em sua cintura, até sorrir de canto e já ir caminhando em direção ao estacionamento.

— Sempre! — comentou, trancando a sala e colocando-se ao lado dela. Assim que deixou as chaves na recepção, saiu pelo portal de acesso ao espaço destinado aos trabalhadores dali e cumprimentou um dos policiais que entrava para plantão, olhando divertido para a Konnyki. — Coitado! — Riu, meneando a cabeça e destravando o veículo, antes de deixar suas coisas no banco de trás e entrar na parte do motorista.

— Cada um conquista o que consegue e recebe aquilo que merece… — Entrou, fechando a porta do veículo, rindo divertida, até se aconchegar no banco, olhando-o fixamente. — Sabe o que realmente me fascina em você, Soo? Você nunca perde essa sua… — gesticulou, antes de achar a palavra. — Pose! — Tombou a cabeça de lado, analisando-o. — Isso me deixa louca… Para tirá-la de você! — Deixou o corpo se arrastar um pouco mais pelo banco. — Vou adorar ver ela se esvaindo… Pouco… A… Pouco!

— Então conquistei muita coisa… Não me admira! — Riu divertido, olhando para ela e ficando alguns segundos com a expressão descontraída no rosto. — Hm… Então… Deveríamos brincar! — Ligou o automóvel, dando a ré e passando pela cancela, antes de ganhar as ruas com certa rapidez. — Porque eu não me lembro de tê-la perdido alguma vez… — Franziu levemente o cenho, prestando atenção na estrada. — Mas sabe o que me encanta em você? — Deu uma olhadinha para ela, voltando para frente e mantendo um sorriso. — Você não desiste! E persiste! Principalmente, quando acha que está certa… Isso bate comigo! Eu gosto! — Balançou levemente os ombros. — Por isso… Se você quer tirá-la, por lhe fascinar, então quero vê-la persistindo em fazer isso, porque me encanta… Então, serei difícil, Detetive Konnyki! — Riu baixinho.

Hyanna sorriu mais largo, tombando a cabeça pra trás, deixando o lábio inferior ser preso pelos dentes, antes de soltá-lo aos poucos, até que estivesse livre novamente. Deu uma remexidinha no banco e virou a cabeça para o lado, o olhando.

— Mas é claro que nunca perdeu sua pose… Não me lembro de ter tentado tirá-la uma única vez. — Cruzou os braços, o olhando desafiante, com um sorriso de canto. — Hmmm… Estou vendo que terei trabalho com você, Detetive Lee… E eu adoro isso! Quanto mais difícil, mas excitante se torna… — Voltou a olhar para frente e logo para a janela, fazendo um gesto com a mão, indicando para ele dobrar na próxima entrada. — Gostar é pouco… Você vai adorar! — Soltou o cinto, quando o veículo já se aproximava do prédio em que morava.

— Eu concordo! — Assentiu algumas vezes, olhando para o lado e estacionando bem em frente. — Fica mais instigante! — Sorriu mais largo, antes de retirar o cinto também, olhando-a e estreitando levemente os olhos. — Presunção de novo! Bem… O trabalho é seu, então… — Inclinou-se brevemente, dando um leve puxãozinho no braço da loira e continuando com o sorriso no rosto. — Estou realmente muito ansioso para ver… — Roçou brevemente os lábios, deixando um selar lento, antes de sair rapidamente do automóvel e rodeá-lo, esperando que ela saísse.

— Tcs… — Acabou sorrindo de canto, meneando a cabeça, antes de também sair do veículo, olhando-o nos olhos e, num movimento rápido, segurando sua blusa e o puxando, tombando a cabeça levemente, podendo sentir tanto sua respiração, quanto ele podia sentir a dela naquele momento. — Não me provoque… Não com essa sua boca! — Mordeu o lábio inferior dele, enquanto sorria e o apertava mais entre os dentes, puxando-o e soltando, já passando a pontinha da língua onde tinha mordido e lhe soltando a blusa, somente para alcançar sua nuca e puxá-lo a si, unindo os lábios de uma só vez, já tendo a língua dele batalhando contra a sua, em movimentos sincronizados e rápidos. O puxou mais e ignorou até o último instante aquele ar, que já se acabava, soltando-o e voltando a olhá-lo, alargando o sorriso, um tanto ofegante. — Ela me enlouquece de um jeito, que você não faz ideia… — sussurrou.

O Lee piscou algumas vezes, antes de sorrir largo, olhando-a de forma minuciosa e parecendo ficar alguns segundos naquela admiração, até engolir a saliva e pigarrear de leve.

— Então… Acho que quem não tem ideia de como me enlouquece… É você! — Alargou mais o sorriso. — Não vou dizer que sou o homem mais “mole”... — Riscou aspas no ar. — Metaforicamente falando, agradeço… — Riu. — Mas também estou queimando por dentro. Sua culpa! — Sorriu enviesado. — Agora vai ter que apagar o incêndio… E bem direitinho! Se sobrar faísca… Já era pra você!

— Apagar? — Hyanna meneou a cabeça, rindo, passando a pontinha da língua novamente pelos lábios alheios, antes de levar o indicador e pousá-lo sobre os lábios dele, descendo-o e vendo o inferior “pular”. — Vou é me queimar junto, até que não reste mais nada… — Riu mais largo, já se afastando e começando a andar para o interior do prédio. — Me queime, Detetive Lee… — Deu uma olhadinha pra trás, piscando e já continuando a caminhar, até esperá-lo na porta do  elevador, rumo ao sexto andar.

Soo ficou algum tempo apenas observando-a, até menear a cabeça e se aproximar, colocando-se ao lado dela.

— Está mais sério do que eu imaginava! — Sorriu presunçoso. — Quer até ser consumida pelas chamas… — Soltou um breve riso, segurando a porta do transporte, antes de entrar também. — Olha que não tem mais volta… Só avisando! — Tombou levemente a cabeça de lado, escorando-se na parede metálica e deixando que o olhar despudorado descesse pela loira. — Se bem que… Poxa! Adoraria que se consumisse mesmo… — Alargou mais o sorriso, não se aguentando e dando alguns passos até a Konnyki, enlaçando-a firmemente pela cintura e aproximando os rostos. — Como eu disse… Persistente! — Passou a pontinha do nariz pela bochecha dela, antes de descer um pouquinho até o pescoço, deixando um cheirinho ali, seguido de um beijinho molhado. — Gosto do seu perfume! Melhor ainda quando preenche o carro todinho com o cheiro… Fico com ele o dia inteiro! Sabe que isso também é algo que me fascina? — Soltou o riso contra a pele alheia, voltando pelo mesmo caminho.

— Hmm… — Hyanna soltou o ar de uma vez, fechando os olhos brevemente, enquanto o sentia a enlaçando e mantendo aquele contato que a arrepiou toda, até abri-los novamente, piscando algumas vezes. — Eu gosto da sua pegada e do cheiro… E… Esse modo como fala comigo! — Pousou a mão sobre o peitoral dele, fazendo uma pressãozinha. — Vou despertar todos os seus cinco sentidos… E até aqueles que você nem ousa imaginar! — Viu a porta se abrindo, já pegando firmemente na mão dele, começando a andar para a sua porta, abrindo-a sem muitas demoras.

— Bom saber… — Soo respondeu, observando-a até olhar o espaço, ainda do lado de fora. — Vai me convidar para entrar ou eu devo chegar, chegando? — brincou, balançando a cabeça. — Digamos que meus instintos já estão bem ligados… Falta só incitá-los. Tenho certeza que fará isso muito bem! — Sorriu de canto.

— Já disse… — Segurou novamente no tecido da camisa do platinado, literalmente puxando-o para dentro do apartamento e deixando a porta, que tinha fechamento automático, mantendo o olhar fixo ao dele, umedecendo os lábios com a língua e caminhando pra trás, como se soubesse exatamente para onde estava indo e não houvesse mais nada com o que se preocupar, além daquele homem à sua frente. Alargou a curva dos lábios e fez um movimento de girar levemente o corpo no momento que sentiu a beiradinha do sofá batendo em suas panturrilhas; empurrando o Lee de uma só vez, até vê-lo sentado no estofado. — Não me provoque… — Aproximou-se um passo e colocou um dos joelhos sobre o sofá, curvando-se e já colocando uma mão de cada lado da cabeça dele, segurando no encosto. Deu uma lambidinha nos lábios alheios e elevou um pouquinho a face. — Pode se embriagar do meu perfume, Soo… Ele está por todo o meu corpo… — Passou a outra perna para o outro lado, ficando por cima do colo dele, de joelhos no sofá.

— Como não provocar quando te tenho reagindo desse jeito, hn? — indagou, mantendo o sorriso no rosto, enquanto levava as mãos para as coxas da Konnyki, deixando um apertãozinho lá, antes de subir lentamente, firmando-as no quadril e dando um puxãozinho, como se fosse fazê-los ficarem mais próximos. — Ah… Mas eu vou! Como eu vou… — Tombou suavemente a cabeça para trás, fazendo aquele mesmo caminho anterior, com a pontinha do nariz, enquanto afrouxava e voltava a apertar a região onde as palmas estavam, quase como em uma massagem. — Você é muito gostosa! — comentou baixinho, soltando um risinho soprado, quando passou os lábios de leve pela tez levemente exposta da clavícula. — Quero ver tudinho… — Voltou a encará-la diretamente nos olhos, enquanto subia com as mãos até a cintura e deixava o aperto mais firme por ali.

Hyanna não escondia a sua excitação naquele momento… Não fazia questão de esconder os risinhos, os olhos prensados, o engolir da saliva e nem a respiração sufocante. Passava o lábio pelos dentes e já sentia um arrepio gostoso em sua pele, só por aqueles leves toques. Abaixou-se um pouquinho mais, sentando-se no colo dele e já colando a boca à dele, num beijo sôfrego, onde deixava as línguas quase se debaterem. Colocou as mãos dela sobre as deles, fazendo-as subirem levemente, até a altura das costelas, logo erguendo os braços acima da cabeça.

— Pois veja! Não tenho limite nenhum com você, Soo… — Mais uma vez sussurrou, com a voz ofegante e aquele olhar.

O Lee abriu mais um sorriso, porém manteve naquele leve curvar de lábios, já que estava quase, mas quase cedendo ao que acontecia naquele momento. Observá-la daquele jeito, poder tê-la daquela forma, antes parecia até um tanto… Impossível, talvez, o trabalho o impedisse de pensar coisas como aquela, mas naquele momento? Ah, mas ele sorria tão grande internamente, que mal imaginaria que estivesse tão desejoso por aquilo. Por isso, manteve o contato com os olhos por alguns segundos, antes de apertar o tecido da blusa feminina entre os dedos, erguendo-a e retirando de uma vez. Deixou a peça de lado e desceu devagar a vista, passando pelo rosto de traços delicados, pelo pescoço, onde já tinha explorado muito bem antes, o colo e, finalmente, aquela região que o fez sorrir mais largo.

— Essas roupas… Algumas escondem demais, outras enaltecem… — falou, permanecendo com os olhos fixos ali. — Mas ao vivo assim… É bem melhor de ver! — Arqueou rapidamente as sobrancelhas, dando uma olhadinha nos olhos dela, antes de voltar com as palmas até a cintura fininha, fazendo uma pressãozinha com os dedos. — Não está deixando que as expectativas caiam nem um pouquinho, Hyanna… Em absolutamente nada! — Voltou a alargar o sorriso, antes de firmar a palma na nuca feminina, puxando-a novamente para que colassem os lábios, fazendo aquela carícia entre as línguas, enquanto a mão que ainda estava em contato com a pele dela, começou a fazer um caminho para as costas, depois o abdômen, subisse um pouquinho, parasse, voltasse. Riu… Adorava aquelas sensações que causava com a espera. — Bom saber que não tem limites! Não tenho com você também… — Afastou-se brevemente, apenas para segurar na barra da própria camisa, a puxando e dando de ombros. — Sem paciência para ir tirando os botões… Depois faça isso! — Deu uma piscadinha.

Hyanna acabou rindo divertida, levando a mão à face dele e mordendo o próprio lábio, até voltar a se curvar sobre ele, tomando seus lábios calidamente, num beijo mais sedutor, lento e gostoso. Ahh… Gostava bem daquela boca e não se importava de ficar bem colada nela, enquanto as mãos faceiras deslizavam sobre o peitoral nu do platinado, abdômem e chegasse até o cós da calça, voltando a subir, dando mais uma lambidinha nos lábios dele, segurando os próprios fios loiros no alto da cabeça e ir descendo os lábios pelo pescoço, dando um beijo no ombro, fazendo uma “linha imaginária” até o outro ombro, distribuindo alguns beijos pelo caminho e rodeando a língua em um dos mamilos masculinos, sorrindo e voltando a erguer o rosto.

— Gostoso, cheiroso, viciante… — Levou as mãos às costas, desabotoando a peça que ainda usava e a retirando sedutoramente e a deixando de lado, revelando os seios redondinhos e sorrindo, sem desviar os olhos dele, atentando-se a cada reação. — E você também está mantendo todas as expectativas bem altas, aliás… — Colocou a mão direita no peitoral dele, descendo-a, deixando apenas as unhas fazerem aquele caminho até o abdômen. — Não vou deixar nada pra baixo hoje… — Sorriu de canto, já passando a pontinha do dedo sobre o aparente volume sob a calça.

Soo não evitou rir alto com o comentário da loira, meneando a cabeça e soltando mais um risinho, antes de descer novamente o olhar, fixando no que estava bem a sua frente, não evitando em espalmar a mão no início da barriga alheia, começando a subir e observando o ato com o lábio inferior bem seguro entre os dentes. Assim que chegou bem no meio, tombou a cabeça de lado e alargou o sorriso, erguendo o olhar para ela.

— São realmente muito lindos! — comentou, passando a língua pelos lábios, antes de passar a mão para o lado direito, agarrando o seio da Konnyki e o apertando suavemente, soltando a respiração de uma vez. — Ahh, mas não fique só com esse dedinho aí… — Abaixou o olhar, voltando para o local anterior e soltando mais um risinho, antes de aproximar o rosto e fazer uma carícia naquele “vão” com a pontinha do nariz, deixando uma lambidinha. 

Hyanna o olhava com uma expressão de desejo palpável, sorrindo largo e soltando um arfar, fechando os olhos brevemente e voltando a olhá-lo, enquanto já alcançava o fecho da calça masculina, visto que em meio àquele tempo, já havia soltado o cinto. “Sugou” o próprio ar, ao puxar o zíper, dando uma olhadinha pra baixo e lambendo os lábios, voltando á face dele e olhando para os próprios seios, sugestiva.

— Pois vão ficar mais lindos ainda na sua boca… — Sem qualquer cerimônia, puxou o elástico da boxer dele, já sorrindo e agarrando o falo, que parecia pedir para ser liberto, soltando um gemidozinho involuntário, mas não contido. — Ahhh… Que maravilha! — Deslizou a mão fechada pela extensão do pênis, até morder mais uma vez o lábio. — Que puta homem dos infernos… Tá me queimando todinha… — Mostrou a pontinha da língua pra ele, antes de descer do sofá e se abaixar de vez, enfiando-o na boca e revirando os olhos com o ato.

O Lee ainda sorria com os comentários da loira, adorando os toques que ela mantinha em si, assim como os que produzia nela, quando viu a movimentação, não lhe dando uma fração de segundos para raciocinar o que estava acontecendo, até que ficou estático e olhou para ela, piscando os olhos rapidamente. Depois daqueles segundinhos marotos de surpresa, acabou alargando o curvar de lábios, soltando um riso mais alto, antes de morder com certa força o lábio inferior, passando a observar atentamente aquele ato.

— Mas olha isso… — Parecia realmente fascinado, quase não piscando. — Não é que essa sua boca gostosa ficou linda desse jeito? Aish… — Tombou levemente a cabeça de lado, fazendo uma caretinha pelo deleite que sentiu, tentando relaxar mais, porém sem deixar de assistir o que tinha se tornado tão maravilhoso de ter em seu campo de visão. — Chupa todinho, hn? — Alargou o sorriso malicioso.

Hyanna ouviu cada palavra, com um sorriso interno, enquanto tinha aquele órgão em sua boca. Grande, quente e duro! Ahhh… Não podia pedir por mais nada… Estava realmente realizada com aquele homem! Retirou-o da boca, segurando-o firmemente na base, enquanto passava os lábios por ele externamente, espalhando a saliva que ali deixara. Subiu os lábios, desceu, concentrou-se na glande, rodeando a pontinha do músculo úmido, fazendo com que os barulhos e gemidos fossem muito bem externados. Deu algumas sugadinhas naquela pontinha que lhe causava uma overdose mental e novamente o retirou da boca, apenas dando mais uma olhadinha nele, antes de soprar a cabecinha do pênis e o “engolir” novamente, de uma só vez, já começando os movimentos de modo leve, aumentando a cada “sobe e desce” com a cabeça e acabando por já nem mais se preocupar com um ritmo, apenas indo, enquanto firmava as mãos nas coxas dele, dando leves apertãozinhos.

O Lee continuava com os olhos bem fixos no que acontecia ali embaixo, piscando algumas vezes, mas nada que o atrapalhasse a assistir o que tinha prendido totalmente sua mente. Passou várias vezes a língua pelos lábios que ressecavam mais rápido do que lembrava, em certos momentos não se aguentando e apenas fechando com força os olhos, abaixando brevemente a cabeça e soltando a respiração de forma gradativa. Mal via o abdômen ondular ou o peito subir e descer com pesar pela respiração, mas no momento que a viu passar daquele contato externo para o que chamava de “verdadeira adoração”, ao enfiá-lo inteiramente na boca, acabou por arrastar os dedos pelo sofá, enquanto a outra mão foi instintivamente aos fios loiros e macios da Konnyki. Era bem verdade que tinha se segurado um pouquinho para aquilo, mas ao sentir já a sobriedade dando um belo de um “tchauzinho”, não se privou em fazê-lo, embrenhando os dígitos ali e dando um leve repuxãozinho, antes de soltar um barulhinho da garganta.

— Aish… Você chupa gostoso! Está acabando comigo… — Foi sincero, soltando uma risadinha e balançando a cabeça. — Ok… Eu estou rendido! Ganhou! — balbuciou, tombando levemente a cabeça de lado e revirando brevemente os olhos, deixando as pálpebras cobri-los, enquanto remexia de leve o quadril.

Hyanna instantaneamente sorriu entre o ato que fazia, movendo a cabeça um pouco mais lentamente, até retirá-lo da boca, deslizando a língua devagar… Subindo e descendo, sem tirar os olhos dele, dando um beijinho e se erguendo. Mantinha os lábios entreabertos, soltando sonzinhos da boca; como se ainda gemesse consigo mesma, com o simples pensamento, e passando a língua pelos lábios. Abriu a própria calça, dando uma reboladinha, para descê-la até o meio das coxas, abaixando-se conforme a retirava, deixando-a de lado. Voltou até ele, “montando” novamente em seu colo e dando uma lambidinha em sua orelha, enquanto fazia questão de relar com a calcinha por cima do pênis, sorrindo travessa. 

— É tão bom ouvir isso… — Acariciava os fios platinados dele, dando mais uma “reboladinha” e outra lambidinha na pontinha da orelha. — Seu pau é muito gostoso! Agora que quero que vai bem fundo, que faça gostoso… — Deu uma risadinha. — Hmmm… — Voltou a tomar os lábios dele com tamanha necessidade, que os gemidos se tornaram presentes naquele ósculo.

Ainda entorpecido com o que havia sentido e ainda sentia, com aquele mover dela sobre si — que lhe distribuía choquezinhos pela tez suavemente arrepiada — o Lee abriu mais um sorriso, porém coberto de uma malícia que não era, ao menos, cogitável. As mãos estacionadas na cintura da Konnyki deslizaram para as costas dela, fazendo uma breve carícia, antes de descer, encontrando o tecido do lingerie, onde adentrou a pontinha dos dedos, retirando-as e voltando a entrá-los um pouco mais além. O gesto durou alguns segundos, servindo como um carinho na região, antes que atravessasse os limites e preenchesse as palmas com a carne macia e gostosa da bunda dela, fazendo com que ele lambesse novamente os lábios.

— Você não fica nada atrás… — murmurou entredentes, enquanto a puxava mais contra si, pelo contato, e deixava que os lábios deslizassem pela região da clavícula, descendo cada vez mais, até parar novamente no mesmo lugar de antes. — Mas você não quer me deixar te ver também, hn? — Alargou o sorriso, trazendo uma das mãos para frente e brincando novamente com aquele tecido maroto. — Eu realmente tenho curiosidades… — Assentiu, passando o rosto por ali, como se fizesse um carinho ao mesmo tempo que recebesse também, até caminhar para o lado direito, irrompendo a língua por entre os lábios e deixando uma lambidinha no mamilo aceso, encarando-o com aquela vontade palpável. Adorava aquilo… — Eu acho realmente maravilhosa a forma como está ligadinha assim… Isso tudo é pra mim, é? — Curvou mais os lábios, envolvendo a pele rígida com os lábios, antes de arrastar os dentes e deixar uma mordidinha, puxando-o suavemente e o soltando. — Disse que ficaria melhor na minha boca… Ainda acha isso? — A olhou, ao mesmo tempo em que adentrou aquele espacinho com os dedos, ajeitando brevemente a mão, apenas para senti-la, nem que fosse minimamente. — Hmm… Mas olha só… — Não resistiu em baixar o olhar, fazendo um movimento para cima e para baixo com o indicador e o médio, retirando-os e os olhando, sorrindo divertido. — Eu acho muito excitante como o corpo das mulheres se comportam, mas o seu… — Balançou a cabeça. — Ele tem um efeito à parte… Me causa arrepio só de imaginar! — Voltou a olhá-la, puxando-a para que colassem mais uma vez os lábios, tornando com a mão para o tecido da peça íntima. — Eu ainda quero muito explorar… Mas agora ainda quer que eu te coma? — indagou com os lábios ainda parcialmente colados.

Hyanna mantinha aquela respiração ofegante, aquele sorrisinho maroto, as pálpebras quase cerradas e não continha nenhum dos gemidinhos. Ao sentir o seio naquela boca, tombou a cabeça levemente pra trás, enquanto apertava a nuca dele, bem como os dedos no ombro direito… Mas quando sentiu os dedos em si, não conteve um pulinho, seguido de uma risadinha e outro gemido mais agudo e arrastado.

— Ahhh… Talvez devêssemos adiar a melhor parte um pouquinho… — sussurrou, não evitando mais uma reboladinha, mal conseguindo falar ali, por conta da respiração pesada. — Eu acho que também vou adorar outra coisa na sua boca… — falou no seu ouvido, arrastando os lábios pelo pescoço e deixando um beijinho por lá, até que se levantou, colocando-se de pé e puxando sua mão, consigo. — Vamos para o quarto… — Deu uma mordida no próprio lábio inferior. — Eu quero queimar mais… — Piscou, já se virando e o puxando, fazendo menção de começar a andar.

— Assim que eu gosto… — Soo abriu outro sorriso, colocando-se de pé e pegando rapidamente a carteira, retirando aquela fileirinha e dando de ombros, antes de acompanhá-la, até que em certo momento deu um puxãozinho em seu corpo, colando ambos e passando um dos braços pelo abdômen da loira, descendo com os lábios pela lateral pescoço dela, enquanto apertava-lhe a coxa. — Eu quero te ver entrando em combustão… Revirando esses olhinhos aí… Hm… Vai ser um deleite realmente supremo. — Envolveu o lóbulo feminino com a língua, antes de afrouxar mais o aperto. — Prossiga! Só precisava falar mesmo… — Sorriu de canto, a observando.

— Mas se continuar nesse ritmo, vai me ver de muitos outros modos loucos… — falava com a voz arrastada, já abrindo a porta e se virando de frente pra ele, jogando as mãos por cima dos ombros alheios. — Me faça gritar, Lee Sook-Un… Me faça gemer seu nome… E eu reviro os olhos, com… Muito… Prazer!

O platinado alargou mais o sorriso ao olhá-la, enlaçando sua cintura novamente e a pressionando mais contra o próprio corpo. Fez uma breve carícia com ambos os narizes, antes de deixar um selar em seus lábios, deixando que a língua acariciasse os dela e sorrindo ao ver o superior dar um pulinho, após levá-lo consigo para cima.

— Bom saber… Pois “piorarei” mais o ritmo! Extreme! — Riu divertido e entrou no espaço com Hyanna, dando uma breve olhadinha e colocando o objeto que tinha em mãos em cima da estante, antes de esconder o rosto na curvatura do pescoço dela, deixando um suave chupãozinho, olhando-o e sorrindo. — Mais tarde eu faço um para ficar a marquinha… — Deu uma piscadinha, rindo um pouquinho mais alto, antes de virar e sentar sobre o colchão, a olhando de baixo. Mais uma vez, as mãos se fizeram presentes nos quadris femininos, sendo arrastadas pela região, até passar novamente para a bunda, deixando mais um apertãozinho e dando um puxãozinho para si, colando os lábios no pé de sua barriga, em um beijinho molhado. — O que gostaria de me ver fazendo, Hyanna? Você não disse com todas as letras… Disse? — A olhou.

A Konnyki estava realmente inebriada com todo aquele desejo que via no olhar do Lee sobre si, em cada movimento, sorriso, toque… Cada detalhezinho ela guardava consigo e sorria com aquela malícia. Estava realmente adorando…  Tombou a cabeça de lado e começou a brincar com os fios platinados, olhando-o de cima e alargando o sorriso. Segurou firmemente os fios, repuxando-os para trás e fazendo ele tombar a cabeça, olhando-a mais atentamente, passando a língua pelos lábios.

— Cala essa boca e me chupa… Bem gostoso! — Soltou os fios platinados e pegou as mãos dele, colocando as beiradinhas da última peça que usava sobre seus dedos. — Você quer ver, não quer? — Tombou a cabeça para o outro lado, tendo um sorriso obsceno. — Aproveite… Será a melhor visão da sua vida!

O riso malicioso que o Lee soltou foi um aviso para que não brincasse daquele jeito com ele, ou poderia realmente sofrer as consequências futuramente… Mas isso não o impediu de enfiar os polegares no tecido indicado, desenrolando-o lentamente pelas pernas torneadas da loira, vendo-a auxiliá-lo ao elevar os pés, logo deixando a peça de lado e engolindo a saliva quando deu de cara com a região. Piscou algumas vezes ao observá-la, erguendo brevemente o olhar, antes de se aproximar e deixar um beijinho no monte do púbis, sem desconectar os olhares.

— Não duvido! Mas vamos examinar primeiro… — Assim que terminou de falar, ergueu-se e a abraçou com firmeza, virando ambos de posição e a colocando nos braços, antes de deitá-la sobre o colchão e se posicionar por cima. — Eu gosto de averiguar meu “posto”... — Sorriu, escondendo novamente o rosto na curvatura do pescoço alheio, fazendo um movimento circular com a língua na pele, enquanto erguia os braços dela acima da cabeça, apenas para que a pontinha dos dedos inciasse aquele caminho do cotovelo, passando pelo tríceps, e continuando cada vez mais, sempre com delicadeza, a fim de que sentisse apenas como se uma pena fosse deslizada por ali. Seguiu pela lateral do corpo da Konnyki, desenhando-lhe as curvas, até que findasse nos quadris, onde apertou de leve. Agora era hora do corpo acompanhar o movimento com as mãos e ele decidiu fazer aquilo com os próprios lábios. — Eu acho que não disse… — falou baixinho, enquanto arrastava a boca por entre os seios dela, chegando nas costelas e passando a pontinha do nariz em uma linha horizontal. — Mas eu te acho muito linda, sabia? — Ergueu o olhar, com um leve sorriso, deixando uma lambidinha abaixo das mamas, continuando à medida que as palmas o empurravam mais para baixo. Ainda se permitiu demorar um pouquinho no abdômen, circulando o umbigo com o músculo úmido e traçando novamente a linha reta no início da barriga alheia, parando bem no meio e rindo contra a pele, vendo-a tremer de leve. — Paraíso… — Outro risinho, mordiscando suavemente a região, até erguer a cabeça, finalmente chegando ao destino. 

Que Hyanna estava realmente adorando aquele momento… Adorando cada descoberta daquele homem em seu corpo e a redescoberta de si mesma através de cada toque dele, já era fato, bem como era fato de que o modo como ele fazia aquilo, era maravilhoso, impressionante, único! Mas ouvir aquelas palavras de modo tão natural e com tanta sinceridade, realmente  a fez sorrir mais largo. Colocou-se levemente com o tronco erguido, apoiada pelos cotovelos no colchão, olhando-o, ainda daquele modo obsceno e mantendo o lábio quase sempre entre os dentes, além do sorrisinho malicioso.

— Eu realmente adorei ouvir isso de você… Sobretudo quando eu penso o mesmo quando te olho… De qualquer ângulo! Você é um espetáculo de homem, só pra registrar… — Deu uma tombadinha com a cabeça pra trás, voltando a encará-lo, rindo um pouquinho mais alto que sua voz estava saindo até então. — Olha só pra mim… Tremendo somente ao sentir sua respiração quente… Me contraindo toda só com o simples pensamento… Ahhh, Soo… Você está me levando por caminhos inexplorados de mim mesma… Não respondo mais por mim… — Deu uma remexidinha nos quadris, o olhando fixamente. — Deixa ela bem molhadinha pra te receber! Pra você meter até que esqueça quem é… É assim que eu gosto!

O Lee a ouviu atentamente, erguendo apenas o olhar para observá-la, tombando levemente a cabeça de lado e voltando a sorrir, enquanto assentia lentamente.

— Eu devo confessar que gostei de ouvir isso também… — Deslizou mais os dedos pelas coxas roliças, passando pelo alto dos joelhos e adentrando pela parte interna, fazendo com que ela as afastasse mais um pouquinho. — Pois é assim que eu gosto… Bem entregue! — Alargou mais o curvar de lábios. — E não se preocupe… Esse pedido terei o maior prazer de fazer. — Deu mais uma olhadinha nela, antes de abaixar um pouquinho, deixando uma lambidinha na lateral do joelho, arrastando novamente os lábios pela extensão de pele, até chegar ao que tanto ansiava desde mais cedo. Pela primeira vez, teve o privilégio de vê-la por completo e aquilo o fez tremer internamente, talvez, até salivar em grande escala, o que não foi de total importância se externava demais ou não… — Não me ache um… Estranho… — Franziu o cenho, em uma caretinha, rindo baixinho. — Mas eu tenho uma verdadeira apreciação… — Gesticulou com uma das mãos, indicando a região. — E a sua é realmente muito linda… — Voltou a olhá-la, piscando algumas vezes. — Atrai, sabe… Chama… — Pareceu vidrado no que via, acabando por se aproximar mais ainda, deixando primeiramente aquele beijinho no montinho quase inexistente, descendo e arfando baixinho ao encostar nos “lábios” com os próprios, fazendo um breve movimento para arrastá-los de leve, como se realmente estudasse aquela parte.

A mão direita segurou uma das coxas da Konnyki, enquanto o rosto do platinado só chegava mais perto, até que deixasse a língua irromper parcialmente para fora, subindo com ela pela vulva, antes de colar a boca ali, dando uma voltinha com o músculo no clitóris e sentindo a partezinha rígida parecer também lhe acariciar, de tão macio que lhe parecia. A produção da saliva se tornou mais intensa e ele não fez questão nenhuma de poupar, enquanto travava quase um beijo ali embaixo, por vezes, afastando-se apenas para que os dedos indicador e médio se unissem ao ato, fazendo os movimentos circulares também com certa pressão e rapidez, ao mesmo que o Lee mordia com força o próprio lábio inferior, apenas pela visão daquela contorção.

Assim que a mão se afastou suavemente, não deixou que a sensação se dissipasse tão rápido, tornando com os lábios ali e até arriscando a ir mais para o sul, onde apenas fez o desenho do orifício, deixando mais uma lambidinha no pequeno espacinho entre os órgãos e subindo novamente, acabando por não resistir em circular o indicador por onde tinha passado antes, adentrando o comecinho e sorrindo ao sentir as paredes também macias lhe abraçando.

A loira não conseguia deixar de olhá-lo e sorrir com tamanha apreciação de si, com aquela sinceridade nas palavras e aquele sentimento de respeito por si, que ele demonstrava em cada gesto… De fato, ela nunca havia se sentido daquele modo antes e não guardou só para si aquele pensamento, levando uma das mãos aos fios dele, fazendo um leve afago nos cabelos alheios.

— Você é maravilhoso, sabia?  — Mordeu o lábio, ainda o olhando e sorrindo mais largo. — Ahhhhh… — Soltou um gemido longo e meio rouco, ao senti-lo no leve contato dos lábios dele em si, até que seu corpo começasse a se arrepiar internamente e os quadris se moverem por conta própria, naquela remexidinha. — Que bom que ouviu o “chamado” e está respondendo à altura… Ou ainda mais alto… Bem mais… Aish! — Soltou um gritinho manhoso, arqueando o corpo e já não conseguindo mais se sustentar daquele modo, quando sentiu os dedos dele em si, movendo-se como loucos, e aquela língua faceira, a fazendo ver tudo girando levemente. — Ai que língua gostosa… Vai mais! — Deixou o corpo cair sobre o colchão, já agarrando o lençol e deixando o corpo apenas manter aquelas contrações deliciosas. Porém, acabou arregalando os olhos e gargalhando alto, soltando um gritinho manhoso e tombando a cabeça de lado, não se importando que a saliva lhe escorresse o cantinho da boca. — Isso… Como adivinhou que eu adoro? Me enlouquece… — Deu uma reboladinha, soltando mais um gemidinho. — Enfia mais...

O platinado apenas sorriu com a boca ainda colada por ali, ajeitando os ombros, como se isso o empurrasse mais em direção e o desse mais atrito de contato. Quando a língua começou a se mover feito louca naquele montinho da glande do clitórios, adentrou mais um pouquinho com o indicador e deu uma chupadinha, afastando-se para passar o músculo úmido pelos lábios e olhá-la com aquele sorriso de canto, voltando rapidamente para o que fazia, chegando a tombar suavemente a cabeça de lado, como se encaixasse os lábios, sugando os maiores e passando a pontinha da língua, unindo o dígito médio ao anterior e movendo-os devagar, mais como uma exploração e preenchimento do espaço do que um estímulo propriamente dito. Deixou alguns beijinhos no local, tornando a encostar a boca por ali, subindo os dedos novamente e os movendo em conjunto, adorando o conjunto de reações que sentia do corpo alheio.

Àquela altura, Hyanna já havia se esquecido até como se respirava, de tão rápido que seu peito subia e descia. Ela tentava remexer os quadris, conforme dava, tentava expandir o máximo que podia aqueles movimentos em si… Aquela intensidade, aquele calor, aquela adrenalina louca, aquela explosão de sensações. Soltou um gritinho agudo, seguido de mais um gemido longo. Mais uma vez arqueou o corpo e o deixou ir contra o colchão mais uma vez. Agarrou os próprios seios com força, como se daquele modo fosse, ou conseguir se aliviar daquilo, que não queria tão cedo, ou aumentar o prazer.

Em certo momento, Hyanna riu mais uma vez e ergueu o corpo mais um pouquinho, entreabrindo as pálpebras, mas tendo os olhinhos revirados. Ahhh… Foi inevitável ficar daquele modo, quando seu corpo estava tendo aqueles sucessivos estímulos. Comprovou que se tinha uma coisa que o Lee sabia fazer — e como sabia... — era enlouquecer uma mulher! Segurou com força os fios dele, repuxando-os e parecendo sugar o ar, com a saliva, antes de soltá-lo de uma só vez, estreitando os olhos com força. 

— Ahhhh, merda! — Elevou os quadris, virando a cabeça de um lado para o outro, até deixá-lo ainda uns segundos erguido, até deixá-lo cair, ofegante. — Ahhh… Merda… Olha o que fez comigo? Aish… — As mãos ainda tremiam, bem como o seu corpo todo, era muito prazer para não externar daquele jeito.

Era um fato inegável de que Soo estava realmente apreciando todas aquelas sensações que parecia causar na Konnyki. Nos breves momentos que conseguiu focar qualquer coisa que fosse dela, apenas um pensamento passava por sua mente, e era o que reinava até agora… Porque o modo como ela fechava os olhos e contorcia a expressão naquela face que exprimia o deleite, era extasiantemente sensual… Ou como agarrava os lençóis… Até mesmo a voz, ainda que elevasse e diminuísse em uma mesma palavra, talvez… O modo como erguia os quadris e os remexia… Tudo naquela mulher era nada mais nada menos do que sensual… E ele gostava muito daquele teor que ela carregava. Pois existiam as que tentavam a todo custo se passar por algo que não era, mas Hyanna… Hyanna era naturalmente daquele jeito e até ali… Onde muitas pessoas não chegavam a apreciar tanto assim, ela só se mostrava com aquela característica, ainda que não notasse.

Quando a viu se remexer mais inquieta do que estava sendo o normal, o platinado logo deu uma afastadinha, adorando assistir aquele ponto alto em que chegava, deixando-a curtir a sensação sublime que deveria ser. Já notando que podia voltar a se aproximar, deu mais uma abaixadinha e deixou mais um beijinho no alto da vulva, erguendo-se e sorrindo satisfeito.

— Te fiz gritar… — comentou divertido, “arrastando-se” de modo a apoiar ambas as mãos, uma de cada lado da cabeça dela, permanecendo com o sorriso. — Você gostou? — Riu baixinho, selando ambos os lábios e deixando mais dois beijinhos, um em cada bochecha.

— De ir do “paraíso” ao inferno com você, somente com essa boca e esses dedos? — Levou a mão à face dele, tirando alguns fios de sua testa. — Aish… Eu estou tremendo até agora! — Tombou a cabeça pra trás, fechando os olhos brevemente, antes de voltar a fitá-lo. — Você manda muito bem… — Ergueu o rosto, dando um beijinho no canto da boca dele, arrastando os lábios para o ladinho e os tomando de modo desajeitado naquele beijo ardente, mas que logo se intensificou, até que ela os separou, um tanto ainda ofegante. — Eu te quero em mim, Soo! No seu modo “extreme” e em qualquer outro além que queira me dar...

O Lee tombou levemente a cabeça de lado ao observá-la, mantendo um leve sorriso no rosto ao ouvi-la falar daquele jeito. Deixou um beijinho na pontinha de seu nariz, antes de aspirar novamente o cheiro de seu pescoço, fechando os olhos diante do que captava através do olfato. Ergueu novamente a cabeça e fixou os olhares mais uma vez, selando os lábios de forma rápida, antes de sorrir de canto.

— Ah, mas a cada minuto eu só descubro mais o quanto é gostoso estar assim com você… — comentou, agora fazendo um movimento para os lados com a cabeça, como se alongasse lentamente, logo alargando o sorriso. — Desse jeito… Eu também quero tanto sentir como senti lá embaixo… Meus dedos não podem dizer tanta coisa quanto ele… — Desceu a mão de uma vez, agarrando o próprio pênis e fazendo alguns movimentos de sobe e desce, o apertando suavemente em alguns pontos.

Soo ficou aqueles segundos um tanto pensativo, até que respirou fundo e levantou-se rapidamente, pegando um dos pacotinhos e o abrindo apropriadamente. Já ia voltar a se posicionar, quando parou alguns segundos e a encarou, sorrindo de canto e dando de ombros, antes de voltar com a movimentação da mão no próprio falo. Assim que julgou necessário, desenrolou o preservativo e tornou a curvar os lábios, colocando-se novamente por cima dela. Depositou uma trilha de beijos pela lateral do pescoço de Hyanna, seguindo pelo maxilar inferior, até selar os lábios consecutivas vezes, tomando-os sofregamente e já enroscando ambas as línguas, ao mesmo que direcionava-se por entre as pernas dela, empurrando-se gradativamente, até que ficou meio impaciente e não ligou muito em terminar com certa firmeza e rapidez, segurando-a pelo quadril e descendo o rosto para o ombro dela, onde ficou alguns segundos, respirando pesadamente.

— E a cada segundo… Eu tenho mais a certeza de que foi a melhor decisão da minha vida... “Apostar” bem alto em você! Está só superando, aish… — Acompanhou todos os movimentos dele com o olhar atento, tendo um risinho de canto e passando a língua pelos lábios, de modo lento e provocante. — Ahh… Pois eu o senti muito bem gostoso na minha boca… — Lovou um dedo ao local citado, logo o retirando, já o vendo voltar até ela, correspondendo o contato nos lábios e começando a se estremecer interiormente ao senti-lo indo daquele modo tão perigoso,apertando as pálpebras e já o abraçando, deixando que as unhas afundassem nas costas masculinas. — Hmm… Você tem uma pegada… — Chegou a dar um gritinho sufocado, dando um pulinho, quando o sentiu entrando de uma vez, descendo levemente as unhas pelas costas dele, voltando a fincá-las. — Uma pegada do caralho… Que isso! — Deixou sua cabeça ir totalmente pra trás, entreabrindo os lábios e sorrindo obscenamente. — Mete! Mete… — Apoiou os pés no colchão, jogando os quadris pra cima, como se daquele modo o sentisse mais fundo, até dar um impulso e enroscar ambas as pernas em seu corpo. — Homem gostoso! Acaba comigo...

O Lee não evitou aquele risinho que soltou, como se toda a respiração que contivesse por aqueles segundos, fosse solta de uma vez através do ato, fazendo com que ele arfasse pesadamente, antes de erguer parcialmente o rosto, olhando-a atentamente. Sorriu e respirou fundo, passando a pontinha do nariz pela bochecha feminina e adorando a sensação das pernas em torno de si.

— Você é muito gostosa! Nunca… Se esqueça disso… — falou baixinho, enquanto lançava mais um pouquinho o quadril, mantendo o leve sorriso. — Hm… Pois continue apostando… Bem… Mas bem alto… — Riu novamente, antes de ir um pouquinho mais para baixo, quase se retirando, mas logo voltando de uma vez. — Acabar com você, é? — disse naquele tom risonho. — Ahh… Mas não sabe o que me pede, Hyanna Konnyki… — O ar saiu mais uma vez de súbito, enquanto ele se ajeitava melhor para começar aquele ritmo gradativo que adorava. Uma vez ia mais lento e fundo, na outra já pegava impulso e rapidez certeira, ou mesmo ia em um ritmo “normal”, mas que de certa forma explorava, como se só quisesse preenchê-la. “Testou” muitos níveis, até que pareceu “gostar de um”, já o iniciando com certo vigor. Como era doido por adrenalina… Por que não adotar o mais ligeiro? O que o fazia revirar os olhos e soltar os ofegos com mais pesar? Nada o impedia!

Hyanna sentia seu corpo indo e vindo, naquele deleite maravilhoso, enquanto era preenchida por ele de modo tão gostoso. Tudo era perfeito! O ritmo, a respiração, o movimento dentro de si e o que via externamente… Aquele corpo ondulando sobre o seu, aqueles lábios entreabertos, soltando arfares quentinhos em sua pele, aquela expressão atrevida e obscena, aqueles barulhinhos, aqueles olhinhos revirando… Ahhh! A loira teve mais um orgasmo, soltando um gemidinho só por vê-lo daquele jeito. Elevou o rosto um pouquinho, alcançando seus lábios, até puxar o inferior para si, dando uma lambidinha. Voltou a apoiar os pés no colchão, erguendo os quadris por algumas vezes, tentando acompanhá-lo naquele ritmo alucinante, rindo de si mesma por estar delirando com aquele homem… Por estar perdendo as forças e já sentindo estar esquecendo até onde estava ou quem era. Foi nesse momento que também sentiu aquele fogo lhe consumindo e seus olhos já não focando mais nada, revirando-os por três ou quatro vezes, já soltando gritinhos entre a respiração falha e os gritos sufocados… Estava demais!

As unhas já deveriam estar quase furando a pele dele, quando ela acabou tendo forças para abrir mais as mãos, começando a espalmá-las pelas costas dele, apertando por vezes e acariciando por outras, tombou a cabeça totalmente pra trás mais uma vez, deixando escapar um gemido longo e descendo a mão até a bunda dele, dando um apertãozinho e afastando a mão, até soltá-la contra a lateral da coxa dele, gemendo ao mesmo tempo.

— Merda! Minhas forças… Ahhh… — Deu mais um impulsozinho com o quadril pra cima. — Me deixa te “montar” de novo! — sussurrou com a voz quase inaudível e  falhando miseravelmente.

Soo mantinha as pálpebras cerradas e os lábios levemente entreabertos, enquanto continuava avançando daquele jeito que já se tornava animalesco, soltando um quase inaudível gemidinho quando acertou mais fundo, sorrindo e balançando a cabeça, enquanto a tombava para frente e não parava mais. Mesmo quando sentiu aquele tapinha, ainda permaneceu no mesmo ritmo, talvez diminuindo apenas pela surpresa, mas não se deixando “abalar” por nenhum segundo. Riu soprado e deu mais uma certeira, antes de agarrar a coxa da loira com certa força.

— Mas olha a ousadia e a brutalidade da outra… — comentou entre os ofegos. — Eu gosto disso! — Sorriu, tentando controlar a respiração descompassada e firmando mais os dedos ali. — Você quer, é? — A olhou mais uma vez, continuando aquele ritmo por mais três vezes, antes de selar os lábios dela e se retirar, segurando em sua cintura e indo para o lado. — Senta em mim... Delícia! — Sorriu malicioso, dando dois tapinhas nas próprias coxas, indicando para que ela fosse.

Hyanna acabou dando um risinho divertido, ao se ver sobre o Lee… Aos e ver no domínio naquele momento. Agarrou o falo dele, passando-o por sua entrada e firmando as mãos no colchão, uma de cada lado do corpo dele, olhando para o teto do quarto e deixando os lábios entreabertos, até soltar aquele gemido manhoso e descer de uma vez, o enterrando a si.

— Ahhhh! Queima! — Tombou a cabeça para os lados, quase num transe, já começando a se mover pra cima e pra baixo e acelerando, adorando ouvir aquele barulho do chocar dos corpos. — Mais rápido… Queima mais! Mais… — Tombou o próprio corpo um tantinho pra trás, jogando os braços para trás de seu corpo e fazendo os movimentos naquela posição, não se importando dos cabelos estarem colados sobre sua testa suada, caídos sobre os olhos… Não se importando de já nem sentir mais o corpo, tão rápido e intensos eram aqueles movimentos. — Que merda, Soo! Que pau gostoso… Ahhh Você é todo gostoso! — Deu uma olhadinha nele, passando a língua pelos lábios, naquela visão privilegiada que tinha, agora elevando os dois braços acima da cabeça, apenas naquela provocaçãozinha, literalmente rebolando sobre o pênis dele, circulando o corpo lentamente e arfando pesado. — Ahhh… Ahh… Hmm… — Deu mais um risinho, jogando o corpo pra frente e apoiando com os braços sobre o corpo dele, tentando manter os olhos nos dele, mas revirando-os por mais de uma vez, consecutivamente, quando começou a se mover ainda mais rápido, dando gritinhos e sorrindo daquele modo lascivo.

O platinado continuou com aquele sorriso maroto brincando nos lábios, enquanto a observava e segurava com firmeza seus quadris, auxiliando naquelas movimentações que já o estava deixando totalmente maluco, quase perdendo o pingo de sobriedade que ainda lhe restava. Passou por diversas vezes a língua pelos lábios, adorando aquela visão extasiante dos seios redondinhos e empinadinhos pulando, ou a expressão feminina se contorcendo naquele deleite. As palavras dela… Ora, mas entravam como carícia em seus ouvidos, fazendo com que ele sorrisse mais internamente, ainda que os lábios não conseguissem externar, por já ter voltado para os ofegos ainda mais pesados. Acabou jogando mais o quadril para cima, como se daquele jeito fosse haver o encaixe mais benéfico para ambos os lados, remexendo levemente e ondulando o corpo para que pudesse acertar, ainda tendo-a segura pelas mãos. Quando a viu literalmente rebolando ali, não teve como evitar um gemidinho, que escapuliu até mais alto do que esperava, fazendo com que ele risse depois… Olha como estava...

— Não só você… — falou com a voz levemente falha, beirando ao esganiçada, mas que controlou com certa “força”. — Mas olha como está me deixando… — Puxou o ar com o maxilar trincado, ouvindo aquele sonzinho da saliva “borbulhando”. — Safada! — Deu um tapinha na lateral da coxa alheia, alargando o sorriso. — Você senta gostoso demais… — Apertou mais uma vez a pele, fechando os olhos e deixando a cabeça tombar para trás, enquanto mantinha o sorriso no rosto.

— E você mete gostoso! Muito, muito gostoso! — Ela curvou sobre ele, apenas para lhe dar uma sugadinha no lábio, erguendo-se novamente, ofegante, e já sentindo aqueles espasmos por todo o corpo, também tombando a cabeça pra trás e apertando os próprios seios, não se importando de gemer alto, dando mais algumas reboladas e voltando a se curvar sobre ele, literalmente sem forças. Aquele era seu quinto, sexto, décimo orgasmo, enquanto apenas se movia ali? Não importava… Ela queria ter mais tantos outros com aquele homem, como queria. Deu uma lambidinha em sua orelha, ofegando pesado, mas tentando falar-lhe num tom baixinho, para manter a voz. — Você disse que me deixaria a marca… Vai ter que meter essa mão na minha coxa com mais força, se quiser… — Outra lambidinha. — Me leve pro quinto dos infernos… Já estou entregue! — Ergueu-se, saindo dele e se virando de costas, dando uma piscadinha, empinando a bunda e ficando de quatro. — Mete sem dó! Me faça desmaiar aqui… Perder tudo! Mete! Mete!

Soo ainda estava processando tudo o que vinha sentindo naquele turbilhão, — já não tendo mais aquele sorrisinho no rosto de tão intenso que estava sentindo aquelas sensações — quando a viu sair de cima de si, observando atentamente a mudança de posição, só aí permitindo-se sorrir ao vê-la daquele jeito para si. Lambeu com vontade os lábios, antes de se ajeitar apropriadamente, abaixando um pouquinho e não evitando em passar o músculo úmido pela vagina alheia, subindo de uma vez e chegando até a passar pelo orifício anal, deixando uma mordidinha na carne, antes de segurar com força os quadris femininos, já se lançando para o interior da Konnyki. A cabeça tombou levemente de lado, enquanto ele a puxava contra o próprio corpo, movendo-se com força, soltando aquela antepenúltima corrente que o segurava, não ligando mais para o modo como acertava… Só queria saber de chegar lá, de fazer o que ela havia pedido só para ouvir mais daquela loucura que ele via bem a sua frente. A pontinha dos dedos da mão direita ainda deslizaram pela lateral da coxa bem torneada, antes da língua estacionar no cantinho dos lábios do Lee, para só então ele concretizar aquele “rito” com o tapa mais forte do que a vez anterior.

— Você gosta, hn? Gosta que eu te estapeie? — indagou com a voz já mais rouca do que poderia imaginar, voltando a sorrir de leve.

Hyanna já havia perdido a capacidade de raciocinar desde o momento que sentiu a língua faceira dele lhe lambendo com tamanha propriedade… de fato, não tinha mais qualquer dúvida que ninguém a teve ou teria daquele modo como Lee Sook-Un e a ideia lhe agradava bastante, como lhe agradava… Soltava gemidos constantes, segurando com o resto de força que lhe restava no colchão, torcendo ainda mais o lençol. Revirava os olhos, gemia mais alto e, ao sentir a pele queimando com o tapa, soltou uma risada alta, remexendo-se um pouquinho. Ela realmente não sabia mais onde estava e talvez já não soubesse mais soletrar o próprio nome naquele momento, mas o nome dele? Ahh… Não saía mais de sua mente naquele momento.

— Que delícia, Soo… Vai mais rápido… E bate mais forte! Vai! — pedia com a voz que oscilava entre a rouca e a manhosa. — Me faz arder mais! Mais… Mais! Vai, Soo… Vai! Aish! Homem gostoso! — deu uma reboladinha, agarrando mais o lençol, já nçãos e importando da saliva estar escorrendo por sua boca entreaberta.

Como bem sabia, já que havia identificado desde o começo aquilo, seu nome sendo chamado por ela parecia muito mais significativo e instigante do que poderia parecer algum dia. Ao escutar aquelas súplicas, deixou que o lábio inferior fosse preso pelos dentes com certa força, mantendo um leve sorriso de canto, enquanto a puxava pelos quadris com mais firmeza, indo com aquela velocidade mais alta contra o corpo feminino, soltando o ar com pesar mais uma vez, antes de estapeá-la na outra coxa, com um pouco mais de força, acabando por não se aguentar e dar mais outro em seguida. O riso soprado que soltou foi o bastante para que quase “cavalgasse” ali, subindo a destra pelas costas dela e segurando suavemente seus cabelos, curvando-se um pouco, apenas para ver sua cabeça sendo “trazida” para trás.

— Assim ‘tá bom pra você, hein? — perguntou, enquanto já atravessava aqueles limites do corpo, abaixando-se mais um pouco apenas para passar os lábios pelos ombros femininos, espalmando a mão no tronco alheio e a erguendo de uma vez, até que ficasse de joelhos. — Está muito gostosa assim… — falou baixinho, arrastando os lábios pelo pescoço dela, deixando um chupãozinho, antes de voltar a se mover novamente, daquele jeito que estava alucinando até a si mesmo.

Naquele momento que sentiu a mão de Soo lhe segurando firmemente, seus lábios deixando beijos e aquele chupãozinho em sua pele… Bem como a temperatura, os movimentos, o hálito, as pulsações… Ahh… Até tentou abrir os olhos, até tentou falar o quanto ainda queria mais daqueles movimentos insanos, aqueles tapas em si, sua pele queimando com o toque dele, o corpo latejando e tremendo, ele a preenchendo o mais fundo que alguém poderia ir… Queria gritar mais o nome dele, e falar qualquer sacanagem que o deixasse bem mais louco. Mas ela estava no seu limite… Do limite do limite que ela conhecia e já tinha ultrapassado há tempos… No limite daquele resquício de consciência e já se deixando dominar pela loucura total. Quem ela era? Não importava naquele momento… Só sabia que era dele naquele momento, totalmente dele.

Jogou a cabeça pra trás, recostando-a nele e já nem mais conseguindo mantê-la erguida de um modo só. O corpo feminino tremia e externava aqueles tremeliques, como choques consecutivos; o fio de voz ouvido, era um um gemido entrecortado, segundo os ritmos dos movimentos ainda presentes em si e o curvar dos lábios se tornou maior, enquanto ela mordeu o próprio lábio inferior, sentindo gosto de sangue e não ousando parar por conta disso. Soltou o ar de uma vez em um arfar pesado e revirou os olhos mais uma vez.

— Toda sua… Eu não sei mais… Meu nome… — balbuciou, tombando a cabeça para o outro lado. — Mas isso é tudo seu! Aish… — Tombou a cabeça pra trás, soltando um arfar mais leve, engolindo a saliva. — Lee Sook-Un...

O platinado alargou ainda mais o sorriso ao ouvi-la dizendo aquelas palavras, ou mesmo a reação do corpo feminino, que ele já notava não ter mais forças. Firmou mais a mão onde estava, passando a outra pela testa da loira, como se retirasse os fios colados dali, olhando para o perfil da Konnyki e soltando um breve riso, antes de deixar mais um beijinho no pescoço alheio, ao mesmo que dava mais algumas daquelas estocadas lentas e certeiras, deixando-se, finalmente, fluir daquela pressão inimaginavelmente gostosa que se concentrava na região da pélvis. Tombou levemente a cabeça de lado, enquanto sentia-se espirrar, respirando fundo por algumas vezes, tentando recuperar o fôlego após a sensação de euforia ter passado. Apoiou o nariz suavemente na curvatura do pescoço de Hyanna, enquanto se retirava com certa delicadeza, sentindo aos poucos aquele aperto diminuindo e, por alguns segundos, aquela confusão de não se ter mais tão bem aconchegado ali.

— Hyanna… — falou com a voz ainda um tanto baixinha, mas mantendo o sorriso no rosto. — Hyanna Konnyki… Isso está bem claro na minha mente. — Deixou um beijinho nela, antes de afrouxar mais o enlace em seu corpo.

A loira sorriu ao ouvir aquele nome sendo falado de um modo tão especial na voz de Soo, alargando o curvar dos lábios ao ver que, sim, era o seu próprio nome ali… Abriu os olhos, piscando algumas vezes e conseguindo de forcar em um ponto qualquer, até virar-se para ele, passando o olhar pelo seu rosto minuciosamente, até parar os olhos aos dele. Deixou que os lábios fossem ao encontro dos dele, não conseguindo ficar somente num selar e já tendo sua língua muito entrelaçada à dele, porém de modo mais lento e calmo que costumava ser… Talvez pela simples exaustão em que se encontrava naquele momento. Deu um empurrãozinho nele, com a intenção de fazê-lo se deitar, sem descolar os lábios, só os fazendo quando já se encontrava sobre o peito dele, voltando a olhá-lo.

— Eu estou… Assustada… Impressionada… Ainda assimilando em como… Eu me perdi em você. — Acabou rindo. — Não é brincadeira o que fez comigo… E eu gostei muito!

— Como é mesmo? — indagou, franzindo o cenho como se tentasse lembrar de algo. — Conquista o que consegue… Recebe o que merece… É isso, não? — A olhou de forma atenta, sorrindo carinhosamente ao deslizar suavemente a pontinha dos dedos pelo rosto dela, passando o polegar pelos lábios e depois dando um apertãozinho no nariz. — Você não tem ideia também do que foi pra mim… Eu… Nunca me deixei levar assim! — Estreitou levemente os olhos. — Geralmente muita coisa me prende… Ainda tem algumas, mas… Você chegou em uma certa “numeração” que eu não imaginaria… Então, recebeu o que merece, porque conseguiu o que conquistou… — Assentiu.

— Minhas palavras na sua boca nunca fizeram tanto sentido pra mim… — Riu, assentindo. — Numeração, é? Hmm… Instigante! — Abaixou um pouquinho o rosto, dando alguns beijinhos pelo maxilar e pescoço de Soo, sorrindo e voltando a olhá-lo, fazendo uma pressãozinha no ombro dele, onde segurava. — E falta quanto para eu subir na sua… “numeração”? Porque pra mim… Lee Sook-Un é o melhor! E, cá entre nós, não acho que te superem… Seria impensável essa mera possibilidade. — Ergueu o indicador, sorrindo de canto. — Apostaria minha vida em você!

— Ahhh! Eu tenho esse poder de dar significado maior para as coisas… — Riu divertido. — E, sim… Há uma “numeração”. — Riscou as aspas no ar. — Mas não é em questão de você chegar lá, ou de ter “níveis”... Seria mais uma questão minha! À medida que eu vou sentindo confortável com isso… Solto pouco a pouco a tal numeração. Hoje eu devo ter soltado umas duas a mais do que geralmente solto… — comentou baixinho, como se refletisse. — De qualquer forma… Isso só quer dizer que você é a melhor, então… Não? — Sorriu. — Porque sinto que se… Continuar… Talvez, um… Mero talvez… Eu consiga soltar tudo! E só senti isso com você. — Deu uma piscadinha. — Mas é ótimo saber dessas coisas… Eu valho realmente muito, não? Vida preciosa! — Fez mais um carinho no rostinho dela, sorrindo de canto. — Acho que apostaria também! — brincou, rindo divertido.

Hyanna o ouviu atenta, assentindo levemente e sorrindo sincera, conforme deixava as palavras dele invadirem seus ouvidos e serem refletidas por sua mente. Fez um carinho nele, retirando os fios de sua testa e dando um beijinho nela. 

— Saber que sou a “melhor” ou a “única” realmente me deixa… Hmm… Como se houvesse conquistado o mundo, ou parte dele… Do mundo enigmático e fascinante de Lee Sook-Un. — Ergueu o corpo, como se sentasse na cama, mas continuasse curvada sobre ele. — Pois é… Se a vida é um “jogo”... De ganhos, perdas… De ter que esperar passar a vez, para atacar na próxima e até perder algumas peças preciosas para se conquistar a mais preciosa na próxima jogada… Se a vida é esse jogo que, se a gente não faz nada e somente espera, ela faz seu próprio joguinho com a gente, eu prefiro arriscar. — Olhava em seus olhos, mantendo um tom sério, mas com uma expressão amena. — Prefiro fazer apostas altas naquilo que acho que vale a pena… E, como você mencionou, eu sou persistente e não canso até ganhar meu “prêmio”... Mas aqui, eu não vejo “ganho” ou “perda”... Seria mais como um novo nível! — Alargou o sorriso. — Bem-vindo ao “jogo”, parceiro… — Deu um selinho nele, erguendo o tronco e enrolando os cabelos, antes de soltá-los novamente, jogando-os para trás e voltando a sorrir. — Você é realmente muito lindo! Só comentando mesmo... — Deu uma piscadinha, até passar o olhar pelo cômodo, tentando achar a peça íntima que usava, a vestindo e deitando-se novamente ao lado de Soo.

— Um jogo… — O Lee sorriu ao escutá-la, tombando levemente a cabeça de lado. — Eu gosto de jogos! Principalmente os com desafios… Sabe, né? Ou eu não estaria onde estou hoje em dia… No geral! — A olhou, soltando um riso soprado. — É… Tem razão! Não tem algo definitivo, de perda ou ganho, ou realmente ficaria bem decepcionado… — Deu de ombros. — Então vamos jogar juntos a partir de hoje… Interessante! — Movia o indicador pelo dorso da própria mão, como se pensasse em algo. — Eu gosto disso! É sempre bom crescer com o time… — Riu divertido, voltando a olhá-la fixamente. — Ah, mas disso eu sei! Eu sou maravilhoso! — Sorriu convencido. — Mas não vou negar que adorei ouvi-la dizendo e efetivando, então… Continue! — Riu novamente. — Mesmo porque você não fica nada atrás… Muito linda! Muito gostosa! Muito inteligente e esperta… Instigante! — Alargou mais o curvar de lábios. — Parece que combinou. — Piscou algumas vezes, até franzir o cenho. — Eu me convido a sair ou você vai me enxotar? — Apoiou o tronco pelos cotovelos, indicando a porta.

— Hmm… Não escolheria qualquer parceiro, tinha que ser um realmente que complementa, não? Ou não faz sentido nenhum… — Apoiou sua cabeça sobre a mão, tendo o cotovelo sobre o colchão e deitada de lado, até levar a mão livre no corpo do Lee, começando a fazer um caminho por cada contorno ali presente, desviando o olhar daquele fascínio para o rosto dele novamente. — Eu não estou lembrada em dizer que precisava ir embora… Ou mesmo que eu queria que fosse… — Parou os movimentos que fazia, erguendo mais o tronco e o olhando carinhosa, pedindo-lhe com a voz amena: — Fica!

— É… Não faria sentido! — disse, pensativo. Ficou alguns segundos daquele jeito, até sentir o toque dela em si, observando o caminho que a mão fazia e piscando algumas vezes, antes de rir baixinho ao notar os músculos brevemente retesados. Virou o rosto e a encarou, passando a vista por cada detalhe que conseguia ver, até voltar a sorrir mais largo. — É verdade! Eu também não me lembro! Que cabeça a minha… — Estreitou levemente os olhos, antes de inclinar suavemente e deixar um selar em seus lábios. — Ok! Você vence! Eu fico! — Soltou mais um riso soprado, antes de sentar sobre o colchão. — Eu já volto! — Riu divertido. — Licença! — Levantou, dando uma olhadinha para ela. — Ah… Se continuar assim… — Apontou para o busto da Konnyki, sorrindo de canto. — Eu não vou me aguentar! — Negou com a cabeça, cruzando os braços.

— Hmm… Que bom que eu estou aqui para refrescar a sua memória então… — Sorriu, baixando o olhar para si mesma e alargando mais a curva dos lábios, meneando a cabeça e voltando a olhar para ele. — E por que supõe que eu queira que “aguente” qualquer coisa? — Deu de ombros. — Vivemos no “risco”... E eu gosto das consequências… — Sentou-se na cama, apoiando-se sobre os próprios calcanhares e tombando a cabeça de lado. — Eu te disse que perderíamos a hora… E não por dormir demais! — Piscou, novamente balançando os ombros e se levantando, andando provocantemente até uma porta deslizante, abrindo-a e passando o olhar pelo interior, retirando de lá uma camisolinha totalmente de renda transparente, tendo a parte frontal aberta até se fechar num único “laço” que unia a peça na altura do decote que cobria, ou mostrava ainda mais, os seios. Vestiu a peça de cor salmão e o olhou desafiante, voltando pra cama e se sentando novamente, após engatinhar dois ou três “passinhos”. — Mas melhorou, não melhorou? — disse em tom lépido.

— Bem… Quem praticamente morreu ali não fui eu! Por isso, deduzi que… — Piscou algumas vezes, observando-a e acompanhando com o olhar, até engolir a saliva com certa dificuldade, rindo soprado e olhando para o lado, como se estivesse incrédulo, mas gostasse daquilo. — É claro que melhorou! Melhorou bastante! Nossa! — debochou, passando a mão pelos cabelos, antes de voltar para a cama, sentando por lá. — É… Não vou precisar das minhas roupas… — Deitou, olhando-a de “cabeça para baixo” e sorrindo. — Só muito cuidado! Depois que eu começo… É insaciável!

— Mas estou viva, não estou? — Deu de ombros, curvando-se sobre ele e deixando aquela visão do tecido transparente compor aquele decote obsceno que, naquela posição, mal cobria seus mamilos, ainda pontadinhos. — Viva… — falou no ouvido dele, dando uma mordidinha em seu lóbulo. — E pronta pra outra! — Assentiu, voltando a se sentar sobre os calcanhares, recomeçando a carícia naquele peitoral e abdômen tão maravilhosos, tendo uma expressão indiferente, constratando com o olhar, que parecia faíscar novamente, enquanto fitava obscenamente o pênis alheio. — Sabe… — Voltou o olhar para ele, sorrindo e voltando a se curvar, deixando que agora as unhas o arranhasse levemente o abdômen. — Maldade “bater” a porta, chamar, eu dizer: “entre” e você parar no caminho e dar meia volta… — falava, dando outra lambidinha na pontinha da orelha dele. — Tem um “buraquinho” aqui, doidinho pra te engolir também… E dessa vez é bom me deixar ainda mais mole nessa cama, ou perderemos é o dia e não só alguns minutos no trabalho!

O Lee continuou naquela posição, olhando para a loira e a ouvindo falar de forma atenta, não evitando passar o olhar despudorado pelo “tecido” que a cobria, engolindo mais uma vez a saliva. Pigarreou de leve, antes de erguer o tronco, dando um impulso para se colocar com as mãos e joelhos no colchão, aproximando-se da Konnyki e deixando um selar demorado em seus lábios.

— Eu não lembro de ter dito que ia parar no caminho e dar meia volta… Estava só… Testando! — falou em um tom divertido, alargando o sorriso, enquanto arrastava mais uma vez a pontinha do nariz pela bochecha feminina e descia aos poucos. — Um buraquinho… Também… Hmm… — Soltou a respiração em forma de um riso, erguendo a mão e acariciando-lhe brevemente o busto. — Estou louco para me ver engolido, então… — A deitou delicadamente, já se colocando por cima e aproximando consideravelmente os rostos. — Mas a noite só está começando… 

◆◇◆◇◆◇◆◇◆◇

Aquele barulho característico do celular tocava ao longe, mas era o suficiente para a Konnyki, que tinha ouvidos atentos e seu subconsciente conhecia bem a musiquinha do despertador. Deu uma remexedinha na cama, fazendo uma caretinha ao sentir algumas fincadinhas no corpo, acabando por rir de si mesma. Olhou para o lado e ainda não conseguia acreditar que ele estava realmente ali, ao seu lado. Desde que adquirira a maioridade e foi morar sozinha, nunca mais acordou na companhia de alguém para dar “bom dia”... E a sensação era realmente muito aconchegante e confortável para si.

Franziu o cenho com aquele barulhinho irritante, que não parava, levantando-se e indo até a sala, arrastadamente, pegando o celular e desligando o alarme, dando uma olhadinha para as peças ali jogadas, rindo e voltando para o quarto, deitando na cama e erguendo a mão para o platinado, recuando, piscando, mas acabando por deixar-se encostar nele, fazendo uma leve carícia em sua testa, de onde tirava os fios, logo dando uma sopradinha em seu rosto, dando um riso quase involuntário, com a caretinha que viu.

— Sei que minha cama é muito boa… Mas está na hora de acordar… — Começou a passar a ponta dos dedos no braço dele.

O Lee soltou a respiração de uma vez ao se ver já “ativo”, tombando levemente a cabeça para trás, antes de passar as mãos pelos olhos, piscando algumas vezes e a encarando, abrindo um sorriso.

— Atrasamos? — indagou divertido. — Porque senão, nem vale a pena levantar da cama “muito boa”. — Riu.

— Estamos num horário bom ainda… — Ela não deixava de olhá-lo, mantendo aquele curvar nos lábios. — Mas supondo que até estarmos na delegacia, vamos nos atrasar mesmo… — Deu de ombros. — Melhor deixar para se preocupar com isso quando realmente estivermos lá, correndo contra o relógio. Por enquanto está muito bom aqui… — Foi escorregando um pouquinho mais, da posição escorada que estava, até se virar totalmente para ele, dando um selar demorado em seus lábios. — Bom dia!

— Bom dia! — Alargou o sorriso, devolvendo o selar um pouquinho mais vagaroso, antes de deixar um estalado. — Ahhh… Então está bom assim! — Passou o braço por cima da cabeça alheia, como se a abraçasse, permanecendo com o sorriso. — Achei que ia até pedir para não ir hoje… — brincou, sorrindo descontraído.

— Ahh… Que maldade… — Meneou a cabeça, sorrindo divertida e passando seu braço pelo corpo alheio, recostando-se no peito dele. — Eu já estava esperando que você sugerisse… — respondeu no mesmo tom divertido. — Mas eu não quero acabar levando advertência ou correr o risco de ser transferida para longe… De você! Então melhor me comportar...

— Hmm… Mas eu sugerir uma coisa dessas? Que isso! Eu sou um profissional tão competente e responsável… Tão certinho! Não desvio nadinha da conduta da Delegacia… — Não segurou o riso, balançando os ombros. — Olha a imagem que tem de mim! Triste! — Tocou com o indicador na pontinha do nariz dela, continuando com o sorriso. — Ahh… Mas digamos que não há quem vá contra a boa lábia e argumentação de Lee Sook-Un! A última coisa que fariam seriam te transferir, ou até a mim… Mesmo porque não se encontra uma dupla tão imbatível por aí como a nossa, não é mesmo? — Sorriu convencido, passando a acariciar suavemente o braço alheio. — Eu realmente não deixaria! — Assentiu, a olhando.

Hyanna elevou o rosto, o olhando nos olhos e novamente baixando o rosto, deixando um cheirinho nele. Passou a pontinha do nariz pela clavícula e logo subiu mais um pouquinho, colando os lábios e lhe dando um beijo lento, enquanto levava a mão à face alheia, acariciando-a levemente, enquanto as línguas também faziam o mesmo, ao próprio modo.

— É realmente bom ouvir que me quer por perto… — disse baixinho, passando a pontinha do nariz pela bochecha dele. — Ontem, quando entramos aqui em casa… Eu pensei ser só uma atração… Um… Um desejo descomunal por Lee Sook-Un, o homem mais bonito, interessante e inteligente que conheço… E que é meu parceiro, por sinal. — O olhou nos olhos, sorrindo. — Mas depois do que houve aqui… Eu notei que não podia deixar você ir, como se fosse só mais uma noite qualquer… Não pelo teor do que vivemos noite passada, com nossos corpos, mas pelo que ficou quando todo o fogo se consumiu…  — Deu uma piscadinha, como se refletisse. — O que é o mais importante… — pausou. — Das outras vezes, só restava cinzas… Mas hoje eu acordei e não vi só “cinzas levadas pelo vento” na minha cama. Você ainda permanecia aqui, inteiro. E eu gostei de te ver aqui. — Tombou a cabeça de lado. — Eu gostei de sentir você… Seu corpo e você… Seu toque, seus lábios e você! Está muito claro para mim agora… Porque ainda que venham “fogos” mais quentes e se consumam mais loucamente entre nós… Vai restar você, inteiro. Você vai permanecer ao meu lado, como está agora?

Soo deixou que sua expressão se tornasse um pouco mais séria, porém permanecendo amena, enquanto escutava cada palavra dita por ela. Piscou algumas vezes, a observou por outras, chegou a abrir um sorriso e, no final, já passava delicadamente a pontinha dos dedos pelos rostinho feminino, acompanhando o gesto com o olhar.

— Não sabe o que foi para mim ouvir isso… — falou, continuando a carícia até o braço dela. — Mas eu posso te dizer… — Alargou mais o sorriso. — Eu te contei ontem que quando soube da minha nova parceira, eu fiquei bem relutante com isso… Mas também disse que eu me arrependi por ter pensado coisas desse tipo ao te ver. — pausou. — Você não é persistente, esperta, detalhista e linda… — Passou alguns segundos a olhando com aquele sorriso carinhoso. — Você é sincera, amiga, humilde, sabe fazer as coisas do jeito que devem ser feitas e o melhor… É que não liga para as opiniões! — Riu baixinho. — Hoje em dia, é difícil alguém que não ligue para o que os outros falam… E eu achei tão fascinante quando vi! Porque… Talvez, bata muito com o que eu sou também. Eu não consigo ligar para opiniões… — Ficou pensativo, voltando a olhá-la atentamente. — E foi um ponto que me instigou bastante, apesar de, com certeza, não ter sido o único, óbvio… — Assentiu, seguindo caminho com os dedos até o pulso dela, não resistindo em brincar com seus dedos. — Não vou mentir que no início achei que seria isso somente, sabe… Tinha aquele fogo, “apagamos”, saciamos, pronto… Eu não imaginava que ia encontrar algo bem além também e… — pausou alguns segundos. — O fogo não acabou ainda! — falou divertido, soltando um riso mais alto. — Não acabou e nem ‘tá perto de acabar… Não só o fogo que fala, o que consome, o que nos fez passar a noite como passamos… — Finalmente, puxou a mão da loira, segurando-a suavemente e elevando-a, deixando um beijinho no dorso. — Tem outro foguinho! Querendo sobrepor… Querendo ganhar espaço… Eu posso sentir isso! Eu sei que se alimentarmos direito, ele pode chegar a ser realmente enorme… — Fez uma carícia com o polegar onde segurava. — Eu gostaria que fosse com você, sim! — Sorriu mais largo. — Olha… Depois de me levantar já decidido a, pelo ou menos, me vestir e acabar voltando por sua causa… Eu não saio mais! Mas aí você tem que responder a mesma coisa… Não por obrigação, óbvio.. Mas eu quero ouvir! Senão… É… Não tem condições! Tem que ser afirmativo! — Riu descontraído.

— Se está falando desse foguinho pulsante aqui dentro… Esse que faz eu te olhar e simplesmente sorrir pela visão… Que me faz ansiar pela sua presença, tremer com cada pequeno e leve toque… Que está me fazendo agora quase desmoronar na sua frente por conta de tudo o que ouvi… — Meneou a cabeça, tendo os olhos brilhantes, alargando o sorriso. — Esse fogo que não mente, aumenta ou diminui nada, mas que apenas apura o que há de verdade passando por ele… Se for esse foguinho aqui… — Colocou a mão no peito. — Não há outro que não seja você, Soo… Com quem eu queira compartilhar… Não quero que seja ninguém além de você! Você é o dono desse foguinho que nasceu em mim… Seria burrice ignorar. — Sorriu mais largo, deixando um selar em seus lábios. — Você sabe… Eu só lido com fatos e certezas! Você é minha certeza! Vamos ficar juntos! — Acariciou a face dele. — Eu gosto tanto de você! Tanto… — Fechou os olhos, deixando uma lágrima solitária escorrer pela face, roçando os lábios aos dele, beijando-lhe apaixonadamente. — Não saia!

O platinado alargou mais um sorriso ao processar aquelas palavras, deixando que os olhos captassem cada mínimo detalhe de seu rosto, antes de se deixar levar pelo beijo que ela havia lhe dado. Acabou por impulsionar mais um pouco o corpo, apoiando-se com o antebraço e a mantendo “abraçada”, antes de colar novamente os lábios, movendo-os com certa lentidão no início, apenas parar sentir a fricção suave das peles molhadinhas, seguida daquele mistério que tinha desvendado tantas vezes, mas sempre adorava fazê-lo quantas necessárias, que era o adentrar sorrateiro da língua, encontrando a semelhante, já dançando aquela “valsa” que acariciava uma a outra. Afastou-se minimamente e deixou mais um selar demorado, abrindo um sorriso de leve ao olhá-la, erguendo a mão e fazendo o trajeto daquela lágrima com o polegar, olhando-a atentamente.

— Eu não vou sair mais, certo? — falou baixinho, beijando-lhe a bochecha. — Eu também não quero compartilhar com ninguém que não seja você… E odiaria ver, se fosse o caso, outro que não fosse eu aí dentro… Seria realmente um desperdício! — Soltou um riso soprado, antes de selar mais uma vez os lábios. — Eu também gosto muito de você, Hyanna! Muito… — A olhou de forma carinhosa. — E, no momento, minha certeza é você também! — Alargou mais o curvar de lábios. — Não fica assim, vai… Cadê aquela expressão toda poderosa da Detetive Konnyki que desarma até o “homem mais lindo e inteligente”... Que inclusive é detetive também e seu parceiro? — Riu divertido.

— Certo! Até porque agora que descobri sua “senha”, eu sei como te trazer direitinho. — brincou, já rindo e se sentando na cama, apertando mais forte sua mão e logo a balançando, como numa brincadeira involuntária. — É muito bom lidar com certezas que você vê e ouve… E eu estou vendo! — Curvou-se, selando mais uma vez os lábios do Lee. — Ahh… E não pense que pegarei leve. Foi apenas um momento de… Descanso. Quando voltar à ativa, terá que se cuidar, Detetive Lee… — Deu uma piscadinha. — Agora o que o homem mais lindo e inteligente que conheço acha de um banho antes do trabalho? — Fez um gesto com a cabeça, em direção a porta do banheiro. — Vou deixar aberto… — Curvou-se mais uma vez sobre ele, fazendo-lhe uma carícia na face, puxando seu lábio inferior com os dentes, sorrindo e dando uma mordidinha. — Se eu começar a te desarmar agora, não vai restar nada… E eu preciso do seu arsenal intacto! — Deu um tapinha na coxa dele, levantando-se e olhando pra trás, dando outra piscadinha, já caminhando até o banheiro, deixando a porta realmente aberta. Poucos segundos depois, o barulho do chuveiro ligado já podia ser ouvida.

Soo ainda passou alguns segundos olhando para a porta do cômodo conjugado, balançando a cabeça e rindo divertido. Passou as mãos pelos cabelos e levantou, praguejando aos mil e um ventos — mentalmente — o quanto ainda poderia ficar maluco daquele jeito. Entrou no espaço e alargou o sorriso, olhando para o box, enquanto continuava a se aproximar e comentar divertido:

— Abre espaço aí que eu ‘tô chegando...

Hyanna, ao ouvir a voz do platinado, sorriu de canto, passando a mão no vidro embaçado, de modo que apenas sue rosto pudesse ser visto de fora, puxando a “porta de correr”. 

— Sempre tem espaço pra você… Só vem! — disse com voz provocante.

— Não fala assim que eu adoro preencher tudinho… Depois que começa, já sabe… — Riu, aproximando-se mais dela e a abraçando por trás. — Hm… Mas fica mais gostosa ainda de tocar… — Deixou um beijinho em seu ombro, sorrindo largo.

— Hmmm… É uma proposta até tentadora… — Sorriu, apertando a esponja e deixando um pouco mais de espuma deslizar pelo seu corpo, já sorrindo travessa. — Fica mais escorregadio… — Virou a cabeça pra trás, tentando achar os lábios dele, roçando-os com os seus. — E a mão acaba indo bem longe… — Levou o braço pra trás, agarrando,s em cerimônias, o pênis alheio, já movendo a mão ensaboada pelo falo, sorrindo mais largo. — Viu como escorrega? Terrível isso… — Fez mais um movimento de leve, antes de virar o corpo para ele, colando os lábios e reiniciando os movimentos de modo mais rápido e necessitado. — Tem razão… É muito gostoso! — Deslizou a mão livre pelo corpo alheio, até ir para a esquerda, ao chegar no quadril masculino, dando um apertãozinho na bunda dele e arfando, na tentativa de rir entre o ósculo.

O platinado acabou sorrindo entre os lábios colados naquela precisão inimaginável, pelo ou menos, naquela hora, acabando por se permitir espalmar a mão nas costas da loira, puxando-a mais de encontro a si, até que os corpos também roçassem de leve. A mão livre subiu pelo abdômen feminino, realmente não se limitando e também contornando um dos seios, até passar pela clavícula e se firmar na nuca, parecendo deixar o contato mais um pouco brusco.

— Você vai me enlouquecer… De vez! — comentou baixinho quando se afastou, escondendo o rosto na curvatura do pescoço dela e arrastando suavemente os dentes por ali. — Eu te quero!

— Justo… Porque eu já estou louca por você! — Abriu o registro, deixando a água morna cair sobre os dois, enxaguando aquela espuma que estava ali, logo o fechando e sorrindo, agora passando o polegar pela cabecinha do pênis em sua mão, mordendo o lábio e lambendo-os. — Eu também te quero… — Abaixou-se de uma só vez, colocando a mão livre na coxa dele, subindo-a e dando uma pressãozinha. — Pois me tenha! — Abriu a boca de modo obsceno, movendo a cabeça, até poder abocanhar o que antes tinha na mão, levando esta até a outra coxa masculina, fazendo as mesmas pressãozinhas, já deixando que a língua deslizasse pelo falo; indo, voltando, e repetindo este movimento com a cabeça, retirando-o e olhando para o Lee.  — Vem! — Abaixou a cabeça um pouquinho, só para tomá-lo novamente entre os lábios, fechando os olhos e deixando-o ir mais fundo, intensificando mais os movimentos, dando um tapinha na coxa dele.

Soo piscou algumas vezes, olhando-a com aquela expressão admirada no rosto, já que surpresas não o “abalavam” mais tanto como no começo. Na verdade, estava achando-as maravilhosamente divertidas de descobrir… Mas daí a chegar a ver novamente aquela cena, realmente se sentiu entre o “entregue” e o “comando”, e ele gostava bastante da sensação. O lábio foi parar entre os dentes com certa força, antes que ele levasse os dedos a embrenhar-se nos fios úmidos da Konnyki, remexendo o quadril e firmando-se melhor, antes de começar a se mover com certa lentidão, aumentando mais um pouco o modo como fazia de forma gradativa. Os olhos não se desprendiam mais da gula alheia e só fez com que ele se visse ainda mais fascinado… 

Hyanna sorriu ao se ver parcialmente dominada por Soo. Novamente abriu os olhos, tentando encontrar os dele e quando conseguiu, por breves segundos, piscou, dando mais um tapa em sua coxa, antes de fechar os olhos mais uma vez e, sem qualquer pudor ou coisa do tipo, afastou uma das mãos do corpo do platinado, levando-os entre as próprias pernas, levemente afastadas pela posição em que se encontrava, dando uma “reboladinha” involuntária ao contornar o próprio clitóris e soltando um arfar, sorrindo entre os movimentos loucos que já se permitia fazer com o falo durinho em sua boca, deslizando os dedos em si e enfiando de uma só vez o indicador e médio em sua entrada, já tendo contrações, ao desejar tê-lo em si, com os delírios de sua mente. Os gemidinhos se fizeram mais presentes e a mão livre foi ao falo que se encontrava em sua boca, num breve momento que ela o tirou da cavidade bucal para pegar ar, passando a pontinha pelo seu rosto, arfando e sorrindo naquele misto de sensações. Deu uma batidinha com a pontinha na bochecha, mas logo o abocanhou novamente, soltando um “hmmm” que apenas enfatizava o quanto estava adorando aquilo, revirando os olhos sob as pálpebras e retirando os dedos de si, separando-os e deixando a linha transparente que os unia, se fazer presente.

O Lee pressionava os dedos na parede gélida daquele espaço, enquanto mantinha os olhos com as pálpebras firmemente fechadas, até que soltou um arfar audível e não evitou voltar a “enxergar”. Conseguiu focar parcialmente o registro, piscando diversas vezes de forma rápida, até que desceu a visão e “flagrou” aquela cena extremamente obscena e sexy aos seus olhos… Ousada! Era muita ousadia fazer aquilo consigo… Soltou um riso desacreditado ao vê-la com os dedinhos daquele jeito, enquanto ainda fazia questão de engoli-lo daquela forma. Negou algumas vezes com a cabeça e curvou-se o quanto conseguia, agarrando-lhe o pulso e o observando atentamente.

— Acho que tem pessoas aqui que gostam realmente… De sofrer… Só é possível! — comentou com a voz levemente arrastada, rindo divertido e soltando mais um gemidinho “dolorido”, antes de voltar a sorrir a encará-la, apertando mais os dedos nos fios dela. — Aí… Não vai me deixar te foder, não? Está pedindo… 

Hyanna estaria gargalhando,s e sua boca não estivesse tão ocupada naquele momento. Mas não impediu que soltasse um barulhinho correspondente, diminuindo os movimentos, até levar a cabeça pra trás, dando apenas mais uma lambidinha na fendinha, já parecendo bem inchadinha. 

— Por que acha que estou deixando ele no ponto? — Olhou pra cima, encarando-o, enquanto afastava a mão dele de seus cabelos, não ligando de repuxar alguns fios no processo, levantando-se. — Eu também estou no ponto! Só meter e gozar! — falando essas palavras, virou-se de costas para ele, empinando-se e colando o rosto no vidro do box.

— Achei que não ia chegar esse grandioso momento… — Sorriu mais largo, antes de literalmente fazer em média três movimentos… O de segurá-la pelo quadril, o de direcionar o pênis e o de adentrar com tudo, sentindo aquela corrente adoidada percorrer o corpo e chegar naqueles lugares que ele se esquecia quando estava em sua sã consciência. A outra mão se uniu no quadril da Konnyki, auxiliando o movimento de puxá-lo para trás de súbito, combinando com o próprio mover do quadril para frente, fazendo-o estacionar a língua no cantinho dos lábios e abrir aquele sorrisinho maroto de canto, mantendo as pálpebras parcialmente cobrindo as orbes. — Tão maravilhosa… — Afundou os dedos na pele macia, soltando um ofego, enquanto aumentava a velocidade com que acertava o interior dela.

A Konnyki até chegou a subir e descer os calcanhares algumas vezes, elevando o corpo, mas nãos e sustentando, enquanto os seios estavam colados no vidro e seu hálito quente embaçava aquele sólido. Tombou a cabeça de um lado para o outro e  deu um risinho safado, já soltando sonzinhos entrecortados a cada estocada.

— Cadê os tapas? Só manda… Sabe que eu gosto, aish… — Virou-se para o outro lado, colando a outra face no vidro, gemendo mais aguda, empinando-se mais e tentando remexer um pouquinho.

Aquele estremecimento que se apossou do corpo masculino realmente o fez se sentir em um lugar que não tinha cogitado estar antes. Possivelmente, nem soubesse o nome ou qualquer informação sobre, mas só de saber que ela estaria consigo, já o deixava bem mais tranquilo. Ainda mais por sentir que a temperatura era realmente altíssima! Abriu um leve sorriso, enquanto não pausava um segundo sequer naquela sequência, antes de afastar a mão de onde estava e largá-la contra a pele dela com certa força moderada. Passou a língua pelos lábios, olhando para um ponto fixo e tendo aquela expressão de embebedamento, ao mesmo que só se deixava livre para chegar até aqueles limites.

— Ah, eu sei… Como sei… — Deu outro tapinha, dessa vez, afundando novamente os dedos por ali, em um apertãozinho. — Qualquer dia desses… Chega ao extremo… Não sabe o motivo… — Riu divertido.

— Hmmm… Pois já tô querendo! — Arfou pesado, mordendo o lábio e sorrindo de canto. — Delícia! — Tombou a cabeça pra trás, engolindo a saliva e soltando um “ahhh”, como se soltasse o ar de uma vez. — Delícia! — Deixava os dedos escorregarem pelo vidro, fazendo aquele barulhinho irritante, mas que era abafado pelo ecoar do chocar dos corpos. — Estou amando… — disse baixinho. — Amando isso… Amando você!

Soo ainda permanecia naquela viagenzinha para chegar até o ponto da quase loucura, — que era quando deixava o corpo externalizar aquele deleite — quando diminuiu um pouquinho mais o que fazia, piscando algumas vezes e olhando para a loira, engolindo a saliva com certa dificuldade, mas acabando por soltar um ofego audível, antes de voltar gradativamente a se mover daquela forma certeira, enquanto a mente parecia processar.

— Repete? — pediu baixinho, dando mais uma apertadinha nos quadris dela. — Repete pra mim?

— Amor… — Sorriu. — Isso que estamos fazendo! Isso que eu estou sentindo por você! — Deu uma olhadinha pra trás, sorrindo. — Eu estou te amando! — Voltou a recostar a testa no vidro. — Te amando...

O platinado, daquela vez, conseguiu ouvir certamente o que ela lhe dizia, voltando a piscar algumas vezes, antes de abrir um largo sorriso, que nem ele mesmo tinha conhecimento do quanto era enorme naquele momento. Balançou a cabeça e se retirou da loira, antes de puxá-la para si, virando-a e a encostando na parede. 

— Eu preciso te ver… — disse, descendo o olhar, assim como os lábios quando foram colados aos dela, fazendo aquele caminho ao sul pelo pescoço alheio. As mãos se firmaram nas costas dela, descendo pela bunda, onde não evitou um apertãozinho, até que pressionassem as partes de trás das coxas. — Eu realmente preciso te ver assim… — Assentiu algumas vezes, antes de enlaçá-la com um dos braços e dar um impulso, como se pedisse para ela subir em si. Assim que acatado, ele abriu mais uma vez o sorriso, voltando a estocá-la lentamente, passando a observar cada expressão do rostinho feminino. — Amor… — Deixou que o som da última sílaba se estendesse brevemente, antes de segurar com mais força os quadris de Hyanna, pressionando-a contra o sólido, apenas para que conseguisse agarrar sua mão, nem que fossem por segundos. Os lábios deslizaram pela região do maxilar inferior, passando pelo pescoço, onde deixou um beijinho, voltando para o local de origem e selando os semelhantes com certa lentidão. — Eu não discordo… — Alargou mais o sorriso, deixando outra acertada com precisão. — Estamos, sim… — Soltou o ar pesado. — Estamos fazendo amor… Eu estou te amando! — Riu baixinho, enquanto soltava a mão alheia, firmando-a novamente em seu corpo, tornando a se movimentar com mais vigor, sentindo um gostinho bem mais apurado do que faziam naquele momento. 

O sorriso não saía dos lábios de Hyanna, ainda que sua face se contorcesse por vezes ou aqueles gemidos se tornassem mais constantes  a cada segundo, a cada estocada, a cada movimento… Por vezes teve que segurar firmemente nos ombros dele, por outras, deslizava as palmas pelo peitoral e algumas, ainda, lhe fazia um carinho na face. Tombou a cabeça pra trás, encostando-a no sólido e sorriu mais largo ao ouvir aquelas palavras dele, voltando a olhá-lo e já se sentindo tremer interiormente… Por tudo aquilo.

— Repete? — Tombou a cabeça de lado. — Eu preciso… Ouvir! — Sua respiração se tornava mais ofegante, bem como o aperto no ombro dele, mais forte.

— Estamos fazendo amor… Hyanna Konnyki… — repetiu, permanecendo com o sorriso. — Eu estou te amando… Correspondendo! — Assentiu, pausando apenas para puxar o ar com um pouquinho mais de força. — É mútuo… 

A Konnyki não conteve um sorriso mais largo que podia ter naquele momento, em meio ao êxtase, à emoção, as sensações e aos sentidos, que se misturavam naquela comprovação que sua mente parecia gritar naquele momento, para cada celulazinha de seu corpo. Ele o amava! Soltou um gemidinho mais longo, antes de voltar a focá-lo, sorrindo.

— Como… Eu não vi algo desse tamanho aqui dentro? — Sorriu carinhosa. — Hmmm… — Manteve os olhos fechando, entreabrindo os lábios, imersa naquele orgasmo que lhe tomava naquele momento.

Soo ainda manteve um curvar de lábios ao escutá-la, abraçando-a ainda mais e quase escondendo o rosto nela, enquanto continuava aquela movimentação, soltando a respiração mais pesado e deixando alguns beijinhos na lateral do pescoço feminino.

— Eu devo perguntar a mesma coisa… — murmurou, fechando brevemente os olhos. — Mas acho… Aish… — Soltou um riso ao sentir aquela corrente passando novamente, como um calafrio intenso pela tez. — Que é mais importante… Vivê-lo… Agora… — Assentiu algumas vezes, percebendo o corpo já tremelicar suavemente com aquela concentração que aumentava na região pélvica. Prendeu a respiração por alguns segundos, suficientes para que sentisse novamente aquele “fluir”, bem no momento em que lembrou de se retirar totalmente, sorrindo divertido. — Quase… — disse baixinho quando, finalmente, conseguiu raciocinar o mínimo depois.

— Vou adorar viver… Com você! — Hyanna acabou soltando um murmúrio, quando o sentiu se retirando de si, deixando somente aquelas contrações invadirem seu corpo. Tombou a cabeça pra frente, dando uma mordidinha no ombro dele, ofegando, até que espalmou seu peito e descruzou as pernas do corpo masculino, descendo dele e sentindo as pernas tremerem até conseguir o equilíbrio. Tocou com suavidade o pênis ainda pulsante, passando o indicador pela fendinha ainda lambrecada e o desceu levemente, sentindo as reações e olhando pra baixo, enquanto ria divertida. — Da próxima vou me certificar que seja dentro, hn? — Voltou a olhar pra ele, levando o dedo à boca, o olhando nos olhos. — Daqui ou lá de baixo… Você escolhe! — O abraçou, acariciando seus fios e já tomando os seus lábios calidamente. — Meu homem!

— Hmm… Então, eu mal posso esperar! — Sorriu de canto, passando o polegar pelos lábios dela, observando o movimento atentamente, antes de alargar mais o sorriso. — Sim… Seu homem! — Selou os lábios novamente. — Minha mulher! — Deixou um beijinho em sua bochecha, permanecendo com o sorriso, enquanto a apertava no abraço pela cintura.

Ela acabou alargando o sorriso, deixando mais um beijinho em seu pescoço e já estendendo a mão para o lado, abrindo o registro do chuveiro novamente e o olhando com a expressão carinhosamente divertida. Pegou o vidrinho na pequena prateleirinha, despejando o líquido cremoso na esponjinha e começando a passear com a mão pelos braços do platinado, descendo pelo peitoral, subindo, espalmando as costas e deixando beijinhos pelo rosto, cantinho da boca e mais onde os lábios alcançavam.

—  Vou acabar me desacostumando a vê-lo vestido… — Sorriu levemente de canto, parecendo atenta ao que fazia, passando a esponja pelo corpo alheio e acompanhando com o olhar cada partezinha que gravou minuciosamente. — Você é realmente perfeito! Não há nada… Que eu não ame em você! — Desceu a mão, sem cerimônias, pela virilha, passando-a nas coxas e subindo de leve, fazendo uma leve pressãozinha nos testículos e deslizando pelo pênis, o soltando e rindo pra ele. — Eu amo você! — Deixou mais um beijinho no seu ombro, agora levando a mão às costas dele, começando seu “passeio” por ali...

— Não desacostume, não! Não dá pra ficar assim na Delegacia… — brincou, rindo divertido e deixando outro beijinho na bochecha dela. — Hm… Eu não vou recusar o elogio, porque eu sei disso, então… — Deu de ombros, sorrindo convencido. — Mas devo dizer que você também é… Não falo só para corresponder ao que me disse, mas porque eu olho pra você… E só me vem o pensamento de que é perfeita, sim! Perfeita pra mim! — Deixou um cheirinho em seu pescoço, antes de subir um pouquinho e envolver o lóbulo de sua orelha com a língua, soltando um risinho e fechando os olhos com força. — Maldade ir parar aí… — Fez um leve bico, afastando-se e piscando algumas vezes, antes de cruzar os braços. — Eu só observo! Vou acabar desafiando as leis da Biologia… — Olhou para baixo, negando com a cabeça. — Em média, vinte minutos, viu? — Riu.

— Hmmm… Mas perfeita para você basta! — O olhou provocante, pegando o vidrinho e derramando o sabonete líquido no busto, vendo-o escorrer por entre os seios e sorrindo maldosa, enquanto levava as mãos até o local, deixando que as pontas dos dedos espalhassem aquilo pelos mamilos, ainda bem acesos, ensaboando com calma e deslizando as mãos pela lateral do corpo, passando pelos quadris, indo até as coxas, onde de curvou um pouquinho, passando as mãos pelo interior delas, subindo lentamente, deixando os polegares deslizarem pelos “lábios” e subindo as mãos novamente, até o pescoço e acabando por segurar os cabelos no alto da cabeça, deixando a água morna lavar onde a espuma branquinha se fazia presente. — Eu não prestei atenção… — Deu uma piscadinha pra ele. — Vinte o quê? — Virou-se de costas, curvando-se novamente, como se lavasse os pés.

Soo já estava prestes a responder o que ela havia dito antes, quando parou no meio do caminho, deixando os lábios entreabertos e os olhos vidrados onde as mãos da loira passava. Cada movimento ou o fazia prender a respiração, ou piscar mais rápido, até soltar um arzinho como em um leve arfar. Não sabia mais se tinha saliva produzida também, porque era cada uma que engolia que não teve controle daquilo. Sua expressão se tornou uma entre a incrédula e o fascinada, até que ele passasse as mãos pelos cabelos, arqueando as sobrancelhas.

— Ahhhh… Como eu disse antes… — Negou algumas vezes, passando o olhar novamente pelo corpo feminino. — Você é perigosa! Gostosa, mas muito perigosa… — Estreitou os olhos, meneando novamente a cabeça. — Nem eu lembro mais o que eu ‘tava falando… — Ficou pensativo, até fazer um gesto com a mão. — Deixa! Vamos ficar no… Eu amo você também! — Riu baixinho, deixando um beijinho em sua nuca, antes de colocar as mãos em seus quadris, dando um breve apertãozinho, enquanto apoiava o queixo no topo de sua cabeça. — Não vale fazer assim comigo… — Desceu, deixando o nariz ficar na curvatura de seu pescoço, passando a pontinha dos dedos em uma linha horizontal, caminhando-os para frente, onde tocou brevemente as coxas e voltou novamente para trás. — Vou acabar saindo só para ligar pro chefe dizendo que não vamos… — Riu divertido, abraçando-a e dando um apertãozinho nela contra o próprio corpo.

— Bang! Bang! Bang! — Ergueu o indicador e polegar, apontando para o peito dele e dando um cutucãozinho, acabando por rir divertida. — Você já era, Lee Sook-Un! — falou no ouvido dele, passando a língua no lóbulo de sua orelha, o abraçando. — Isso é para te deixar bem cheinho pra mim hoje após o expediente… — falou com voz mansa, afagando os fios molhados perto da nuca dele, até dar um puxãozinho neles, fazendo-o tombar a cabeça um pouquinho pra trás, passando a ponta do nariz no seu pescoço. — Eu gosto assim! Porque não tem volta… Ou cede ou me domina! — O soltou de uma vez, abrindo a porta do box e saindo, rebolando, pegando uma das toalhas que estava dobrada no armarinho, enrolando-a no próprio corpo, estendendo a outra pra ele. — E não me culpe… Estava só tomando banho… — Deu de ombros, não quebrando o contato visual.

— “Estava só tomando banho”... — imitou a frase dita, fazendo uma caretinha. — Quando eu tomo banho eu não seduzo a parede, sabia? — Meneou a cabeça, acabando por rir divertido, pegando a toalha que ela lhe entregava. — “Eu” já era nada! Depois quero ver só quem já era aqui… — Passou o tecido pelos cabelos, antes de se enxugar e enrolá-lo na cintura. — Hm...  Então vamos ter uma relação “flex”… — Riu. — Bom saber! Assim eu me preparo antes… — Sorriu divertido, enquanto saia do box.

— Oras, me mostre então… Porque até agora quem estava morrendo aí não era eu… — Riu divertida o olhando e dando um tapinha em seu braço, até se aproximar, dando um beijinho em seu ombro. — Você fica lindo assim! — Pegou a face dele, virando de lado, para si, e lhe dando um selinho nos lábios, enlaçando sua cintura e começando a caminhar para o quarto com ele. — Mas eu não vejo de outro modo entre nós. — Ficou de frente para ele, piscando algumas vezes, antes de fixar os olhos aos dele. — Você pode depois… Trazer algumas roupas suas, hn? Tem bastante espaço ali dentro. — Deu uma olhadinha para a direção do armário. — Não vou querer te ver longe por muito tempo… 

— Hey! Se formos listar quem ‘tava morrendo em que momento aqui… O resultado vai acabar bem diferente pra você. — Riu, elevando a mão e ajeitando os fios molhados dela, sorrindo carinhoso. — É, realmente! Também não vejo...  Eu não tenho problemas com isso! — Riu novamente, deixando um beijinho em sua bochecha, até que afastou o rosto e tombou a cabeça de lado, piscando algumas vezes. — Mas olha só… A pessoa quer que eu integre a vida total… Que isso! É muito amor pela minha pessoa mesmo, viu? — comentou divertido, abraçando-a com certa força. — Você ficou fofinha pedindo assim… — Deixou um beijinho na pontinha do nariz alheio, até assentir algumas vezes. — Se você quer tanto assim… Eu trago! Mesmo porque não dá pra eu ficar indo trabalhar um dia com uma roupa e aparecer no outro com a mesma… Vão me chamar de imundo! — Gargalhou, selando rapidamente os lábios.

— Aish… Eu estava sendo muito deliciosamente bem preenchida por você! Você nem estava sendo tocado… Só me olhando. — Apertou o nariz dele, dando um empurrãozinho e alargando o sorriso. — Admita logo que eu te causo uma “overdose visual”... — Piscou novamente, rindo divertida. — E como eu só lido com fatos… Não vou mentir. É, sim, muito amor pela sua pessoa! — Deu mais um selinho, fazendo uma carícia no rosto dele. — Sem você aqui vai ficar muito vazio… E eu não sou boa com saudades…  — Fez uma caretinha, meneando a cabeça. — Pois é… Onde já se viu o delegado mais charmoso de Seul repetindo roupas… Não pode! — Beijou a bochecha dele, já deixando a mão pousada sobre seu peito e se afastando, indo até o armário, se vestir.

— Possivelmente causa, sim, senhorita Konnyki! — Riu, enquanto a observava, tombando a cabeça para o outro lado. — Mentira! Causa muito! “Overdose” visual… E das piores… Em questão de grau, óbvio! — Sorriu, balançando a cabeça. — De qualquer forma, eu concordo… Não seria legal fazê-la ficar com tanta saudades, não é? — Riu novamente, caminhando até a porta e escorando-se na moldura. — Exatamente! Isso é uma coisa que não pode acontecer… — Deu de ombros, já caminhando pelo corredor, até a sala, onde não evitou soltar mais uma risada ao ver as roupas, recolhendo-as e vestindo-as.

Enquanto se arrumava adequadamente, Hyanna acabou sorrindo consigo mesma. Deu uma olhadinha para a cama, com os lençóis todos contorcidos, e acabou alargando o sorriso, meneando a cabeça. Mesmo fechando os olhos e tendo as cenas da noite anterior perfeitamente na mente — ou quase, já que metade ela estava ocupada demais lidando com seus próprios transes para notar algo ao redor. Olhou para a porta e respirou fundo, como que se sentisse aliviada, leve e feliz, como nãos e sentia desde… Nunca? Talvez!

Ao se olhar no espelho, enquanto fazia aquela maquiagem básica, ainda tentava se enxergar no mais íntimo, como se o reflexo do seu olhar no espelho lhe mostrasse a alma. E agora tudo fazia mais sentido para si… A atração, a necessidade de se aproximar com qualquer assunto bobo ou até um tanto desafiador, somente para ouvi-lo falar; a preocupação com o que usar, para chamar sua atenção, ainda que jamais admitisse aquilo; o “repentino” desinteresse por outros homens quando começou a se aproximar e conhecer melhor aquele ao seu lado… A simples satisfação de vê-lo e se sentir bem o dia todo. Tudo aquilo era aquele sentimento maior que estava instalado em si, só sendo nutrido… Mas no ápice daquele ato, que nada mais era — ou deveria ser sempre — a plenitude de amar alguém, a expressão máxima… Não teve dúvidas! Ela realmente o amava… O amava e poderia dizer a quem quisesse ouvir que sim: Era a mulher mais feliz do mundo ao lado do homem mais perfeito que poderia existir… E o amava! 

— Você também ficaria com saudades de mim… Sei que ficaria! — Após borrifar aquele perfume em si, finalizando, ela foi até a sala, recostando-se na parede e o olhando, sorrindo carinhosa. — Eu costumo cozinhar somente nas folgas… Então podemos tomar café no caminho...

— É claro que ficaria! Achei que era óbvio demais para eu ter que falar… — Sorriu carinhosamente, terminando de ajeitar o cinto na calça e olhando-a. — Sim, claro! Podemos ir à confeitaria na rua de trás da Delegacia… A dos seus preciosos biscoitinhos! — Alargou o sorriso, aproximando-se e tocando de leve em seu nariz. — Está linda! Como sempre… — Deixou um beijinho em sua cabeça.

— Eu não me importo em ouvir, ainda que seja óbvio demais… — Colocou as mãos no tecido da camisa alheia, como se o ajeitasse, dando-lhe um selinho. — Eu sou suspeita em falar, mas… Você está perfeito! Bem mais que ontem… Principalmente seu sorriso. — Foi até a bolsa, enfiando o celular nela e voltando a se aproximar dele, abraçando sua cintura. — Ahhh! E ótima escolha! Vamos? 

— Ahhhh! Não vale! — Deu um leve empurrãozinho nela, rindo divertido. — Eu já disse que sou perfeito mesmo! Mas aí… Escutar você falando dá aquelas sensações de… Sei lá… Homem não fala disso! — brincou, sorrindo descontraído, antes de assentir. — Vamos! — Enfiou a carteira no bolso.

— Pois pode se acostumar… Eu não meço palavras! — Fez um carinho na face dele. — Apenas recebendo o que merece! — Pegou na mão dele, já girando a chave na porta e a abrindo.

— Bom saber! — Voltou a sorrir, dando um apertãozinho no contato das mãos. — É claro… Porque conquistei! Assim como você… — Ergueu as mãos, deixando um beijinho no dorso da alheia, antes de olhá-la e respirar fundo, passando a mão pelos fios platinados e acompanhando-a até o elevador.

◆◇◆◇◆◇◆◇◆◇

Naquele dia, o Delegado da Delegacia Regional ainda relutou bastante ao ouvir a história toda dos dois detetives, somente acatando a possibilidade quando viu as provas reunidas e uma testemunha que pudesse confirmá-las. Assim que liberados para explicar os passos do crime para toda a equipe, as investigações mais profundas naquela história foram liberadas e o que descobriram realmente batia com todo o relato traçado, ainda tendo um “bônus” de descobertas.

Após conseguirem a ordem judicial, não foi difícil ir até a casa de beleza onde trabalhavam com o produto que tinha como composto, o mesmo material químico do envenenamento da vítima. Eles tiveram acesso a listagem de todas as clientes do local e chegaram a três pessoas, dentre as dezenas ali: Sendo a primeira uma “amiga de balada”, que foi logo descartada, por ter começado a estudar em outra cidade semanas antes da morte da vítima; a segunda era uma funcionária da empresa, que lidava com a função de secretária, mas definitivamente não havia nada que a ligava ao crime, terminando por chegar à cunhada da vítima. 

Aparentemente ela não teria um motivo pessoal para tal, mas não foi difícil deduzir que o marido, o irmão mais velho da vítima poderia estar inconformado da presidência das empresas não ficarem para si, como se achava no direito, mas sim para o irmão mais novo, apesar de este ser nitidamente mais preparado. Levou mais algum tempo até conseguirem o DNA da mulher, já que nem ela e nem o irmão mais velho da vítima queriam cooperar com a investigação, o que demandou mais tempo e esforço dos dois detetives, mas diante da ordem judicial e da falha dos advogados em anulá-la, a mulher teve que ceder seu material genético. Não foi surpresa alguma que bateu perfeitamente com o que tinham, ligando ela, não somente ao envenenamento, bem como ao fato de ter traído o marido com o cunhado.

Quando, finalmente, os julgamentos foram feitos, após as defesas acionadas, acusação pronunciada e toda a balbúrdia reiniciada em relação àquele caso, o irmão do falecido e sua esposa foram dados como acusados, sendo encaminhados para a prisão respectiva para cada um e recebendo a punição relativa aos seus crimes. O homem não passaria muito tempo, porém, — mediante pagamento de uma multa, mais a fiança — conseguiu sair rapidamente do presídio, não olhando mais para trás e passando longe do que a esposa estava condenada. Era fato as autoridades ficaram alertas, já que a liderança das empresas tinha sido entregue ao que seria vice-presidente ao lado do filho mais novo do dono, e havia possibilidade de uma possível movimentação vinda do ex-preso, mas que não aconteceu e dava indícios fortes de que não viria a ser um problema futuro.

Paralelo aos ocorridos, os dois detetives foram muito bem recebidos na Delegacia quando a justiça venceu o caso, ouvindo a parabenização de muitos dos profissionais por terem resolvido aquele “mistério”. Não foi segredo para ninguém que, mesmo que não tivesse explicitado nada, os sorrisos que trocaram já diziam tudo e cada um ali fez uma promessa interna de que não iriam comentar.

Durante aqueles dias que se passaram na luta para a resolução de toda a história, o platinado se pegou várias vezes apenas sentado na cadeira giratória da mesa, enquanto observava sua parceira, sendo flagrado em alguns momentos por ela e não segurando o enorme curvar de lábios que, involuntariamente, alargava, principalmente quando via o dela também. Já não conseguia mais ficar na solidão do próprio apartamento e o que antes fazia para passar o tempo — dormir, jogar videogame e assistir televisão — não era nem um pouco suficiente e logo se pegava discando o número da Konnyki, perguntando “despretensiosamente” se estava livre e se podia dar uma passadinha em seu apartamento, o que se tornava, na verdade, mais uma noite lá para a conta.

Também não segurava a vontade de rir quando ficava divagando pelos pensamentos, analisando sua vida desde que tinha ingressado naquele “mundo dos adultos”, e identificando uma melhora considerável naquele ano. Óbvio… Tinha ficado feliz quando se formou na faculdade, quando conseguiu o emprego na Delegacia, quando fez o curso de formação para Detetive e quando se realizou ao deduzir o primeiro caso que tinha sido designado para si. Ah, mas tinha realmente feito grande parte da sua vida valer a pena e sabia que nunca mais sairia daquele posto. Contudo, era inegável, indubitável, “infalável” — sabia que não existia essa palavra, mas ele gostava de ser original em criar seus neologismos — que sorria bem mais, que se pegava respirando mais profundamente, já que não queria falar “suspirando pelos cantos”, que também se via olhando para um ponto fixo e sorrindo que nem bobo.

Agora tudo fazia mais sentido! Agora tudo parecia em uma visão “HD”, podia ver os mínimos detalhes onde quer que fossem… Isso se estivesse com ela! Porque sozinho era uma verdadeira negação… Se já era impaciente, longe, então… Era a personificação! Às vezes, pensava ser grudento, mas quando dava mais espaço, ou se sentia sem rumo, ou via aquele pedido mesmo vindo dela e já lembrava que era “perfeito demais” e nada que fizesse iria realmente interferir de modo ruim no que tinham. A vida era engraçada! Realmente achava… Mas, naqueles momentos, via que, na verdade, ela era bem generosa e ria consigo de suas quedas, mas logo estava lá lhe dando a premiação pela chegada… E ele estava adorando aquele lugarzinho no pódio do coraçãozinho de Hyanna Konnyki.

Talvez quem visse Hyanna há algumas semanas atrás e a visse atualmente, poderia até não ter como confirmar a causa daquele olhar mais ameno, o sorriso mais largo e constante ou até mesmo a sua própria aura; mas, com certeza, falaria que era por conta de uma certa pessoa… Bastava vê-lo e era evidente que todas as expressões faciais mudavam. Tornavam-se leves, mais bonitas e sinceras. Não era tão incomum vê-los darem as mãos ao andarem lado a lado, toques carinhosos e olhares que podiam incendiar um. Sim… Qualquer um falaria que ela estava realmente apaixonada por aquele homem ao seu lado. Iludidos! Já que ela já havia passado “desse estágio” há muito e o que sentia era muito mais concreto e verdadeiro em si. Falar, sentir e viver eram três realidades bem diferentes, mas quando as três eram tão presentes, realmente só restava se jogar plenamente naquilo. E era esse passo que eles pareciam estar dando, aos poucos.

Não eram do tipo que saíam falando aos quatro ventos o que faziam de suas vidas fora da delegacia, nem tampouco agiam de modo muito “explícito” no local de trabalho. Mas saíam mais vezes juntos para os chamados “programas de casal”. No começo os dois acharam um pouco estranho aquilo, já que preferiam estar aproveitando melhor o tempo de modo mais íntimo a ficarem, muitas vezes, entediados em eventos… Mas tudo fazia parte e iam aprendendo a conhecer o outro naqueles pequenos detalhes, a conviver com os gostos alheios e compartilhar seus próprios… A descobrir, se aventurar e realmente estar feliz em qualquer lugar que fosse, desde que estivessem juntos. Essa foi uma fase muito importante e amadureceram bem mais a relação, desde que começaram daquele modo inesquecível.

A Konnyki já não tinha problemas em admitir saudades, chamar, “exigir” a presença e não esconder a expressão de felicidade ao vê-lo diante de si. As vezes que ainda se faziam de difíceis, era só por diversão própria ou pelo simples prazer de provocar um ao outro, aliás, fazia parte! E mais uma vez estava ela ali, sentada naquele sofá da sala, como se estivesse apenas assistindo um programa qualquer na TV, como se não estivesse nem um pouco ansiosa pela chegada do Lee ou como se não estivesse quase que desesperada por ver seu sorriso ou ouvir sua voz. Afinal, 22 horas longe era muito, já que um acabou tendo uma folga, enquanto o outro tinha ainda o que fazer naquela delegacia… Lamentável. Mas seu coração pareceu mais aliviado, ao ouvi-lo destrancar a porta, já que ele já tinha a chave de seu apartamento, de seu coração e, àquela altura, de toda sua vida. Deu uma olhadinha e um sorriso ao vê-lo entrando, mas logo pigarreou, voltando a olhar para a TV.

— Se eu estivesse com algo pronto para comemermos tinha esfriado… — falou, somente agora se permitindo desviar o olhar da TV para o platinado, flexionando as pernas estendidas sobre o sofá, como se indicasse que ele se sentasse ali. — Mas você está aqui, com esse sorriso lindo como sempre… Nem dá para fingir que estou com raiva… — Deu de ombros.

— Aish, mas e eu atrasei? — Soo franziu o cenho e permaneceu com o sorriso de canto, fechando a porta e deixando as coisas em cima da mesa. Aproximou-se dela e beijou-lhe o topo da cabeça, antes de apoiar-se em seus joelhos para sentar, respirando fundo e passando as mãos pelos cabelos. — Não lembro de termos estipulado horário… — brincou, rindo divertido ao olhá-la. — Boa noite, Hy! Como vai? Eu vou muito bem!

— Eu sei quanto tempo em média você leva até aqui… — Tombou a cabeça de lado, erguendo o corpo e colocando-se sentada de seu ladinho, passando a pontinha do nariz pelo pescoço dele. — O tempo que gasta para entrar no seu carro, ligar o som com a nossa música, sorrir de canto por se pegar pensando em mim e despistar, como se alguém o visse, até rir mais largo por se ver sozinho… Arrancar, cantarolando aquela sua parte favorita, enquanto dirige, estacionar e subir, resmungando por ainda ter que esperar o elevador… Até os seus quinze segundos contados mentalmente para rodar a chave na porta e não parecer tão desesperado assim… — Subiu o rosto, deixando um selinho em seus lábios. — Eu sei, porque eu quase morro aqui te esperando… E quando ouço aquele barulhinho na porta, até chego a tremer de empolgação. Porque é você chegando… Pra mim! — Segurou o rosto dele firmemente, olhando-o nos olhos e sorrindo de canto. — Mas é aquela coisa… Mesmo que eu queira dizer diretamente que, sim… Eu contei todos esses segundos, que eu estava com saudades, querendo que me abraçasse e me beijasse… Me olhasse e sorrisse assim pra mim, falando que “seu homem perfeito e lindo chegou”, apenas para te dar um empurrãozinho… Não quero fazer corpo mole… Vai que você escuta e fica mais convencido ainda… Ninguém aguenta! — Riu divertida, o abraçando e selando mais demoradamente seus lábios. — Boa noite, Soo… Estou melhor agora! Você está comigo...

O Lee alargava mais o curvar de lábios a cada palavra que ouvia, terminando com os músculos faciais já reclamando pelo enorme sorriso, enquanto mantinha o olhar fixo no dela. Ergueu a mão e deixou um carinho em sua face, antes de selar novamente os lábios.

— Mas eu estou sendo vigiado… Olha só! — falou divertido, rindo soprado. — Não sei se gosto ou não de saber disso. — Estreitou levemente os olhos, a encarando, mas logo aliviando a expressão. — Mas é ótimo saber dessas coisas… Principalmente, direta… — Riu mais uma vez, antes de abraçá-la apertado, deixando dois beijinhos consecutivos em sua bochecha. — Você é uma fofa falando desse jeito, sabia? — Tombou a cabeça de lado, olhando-a com o mesmo sorriso de antes. — Não temas mais, linda princesa… Seu homem perfeito e lindo chegou! — brincou, fazendo uma voz mais grave, antes de balançar a cabeça e rir. — Ok, não sirvo para ser príncipe! — Negou. — Mas e se eu te dissesse que até tive que usar meus maravilhosos argumentos com o chefe para poder sair um pouquinho de tempo a mais antes para ir comprar seus docinhos? — Fez um bico proposital. — “Engorda”, mas são gostosos… E eu adoro ver sua expressão comendo! — Deu um apertãozinho em seu nariz, rindo. — Assim conta a demora? — Deixou um cheirinho em seu pescoço. — Também está bem melhor agora que te vi...

— Aish… — Ela involuntariamente acabou dando um tapa no braço dele, o empurrando de leve. — Eu falo que não dá nem para ficar um pouquinho com raiva… É muito perfeito mesmo até para isso… — Acabou sorrindo divertida, curvando-se até ele e lhe dando um beijinho, antes de se levantar e ir até a mesa, achando o pote com os doces e não evitando abrir um sorriso carinhoso. Estava nas nuvens! Voltou a sentar ao lado dele e abriu o potinho, flexionando os joelhos e se recostando mais no sofá, já experimentando um dos vários que tinha ali, degustando realmente sorrindo feliz da vida. Olhou pra ele e colocou um deles em direção à sua boca. — Sabe… São as coisas mais simples, as que me deixa mais feliz… Estar aqui com você, neste instante! São aqueles momentos impagáveis! — O olhou carinhosa.

— Ahhh, mas eu também gosto das coisas mais simples… Elas não são tão “grandiosas”, em termos ópticos, mas têm significado… É o que mais importa! — Sorriu  ainda mais largo ao vê-la daquele jeito, inclinando-se e deixando um beijinho em sua testa, antes de comer o que lhe era direcionado. — Tão fofinha comendo com essa carinha… Olha só… — Riu, cutucando a bochecha dela com o indicador. — Hmm… Gostoso! — Sorriu, tentando manter a boca fechada, acabando por colocar a mão em frente e rir.

— Você também está um fofo… — Deu uma olhadinha para ele, sorrindo e dando um selinho nos lábios dele. — Ainda bem que depois vamos queimar essas calorias… Como sem culpa! — Jogou mais um na boca. — É engraçado que estamos juntos há pouco mais de três meses, mas vem sendo tão intenso que sinto como se fossem anos… — Recostou-se nele, elevando a mão e contornando parcialmente o braço em sua cabeça, alcançando os fios platinados, afagando-os.

— Já pensando no depois… Mas que namorada safadinha eu tenho! — Riu divertido, deixando outro beijinho na bochecha da loira, até olhar para a mão alheia e sorrir passando a pontinha do indicador pelos dedinhos dela. — Eu também sinto isso! — A olhou. — É realmente algo muito grande… Como anos mesmo! Eu gosto de sentir isso… É bom! — Alargou mais o sorriso, fechando brevemente os olhos com o carinho que ela fazia em seus cabelos, apreciando.

— Eu não sou de enrolar tanto… — Hyanna afastou a mão, somente para virar o corpo um pouquinho, deixando o potinho no “braço” do sofá e voltando a recostar-se nele, porém agora com o queixo em seu peito, olhando-o atentamente, como se tentasse pegar cada mínima expressão, sorrindo. — Mas há coisas que parecem… Parecem, não… São simples! Mas… Carregam um além muito grande. — Voltou a elevar a mão, acariciando seus fios e amenizando um pouco a expressão. — Até outro dia me chamava de “parceira”... Agora sou sua namorada… É algo que faz meu coração pular aqui dentro. E… Eu me fiz a seguinte pergunta essa manhã: “O que imagina da sua vida daqui há um ano… Cinco… Dez anos..?” E a resposta que me veio primeiro foi você! E como dissemos que esses meses, parecem anos… Por que ainda não mora aqui comigo? Vem ficar comigo! Direto… Pra sempre! Vem?

Soo assentia atento às palavras dela, parecendo pensar sobre onde podiam chegar e acabar se tornando uma resposta que também parecia compartilhar. Acabou por já ir responder o que quer que fosse que ela falasse, quando parou e piscou algumas vezes, olhando-a fixamente, até dar um “pulinho”, como se desencostasse brevemente do sofá, não desviando a visão.

— É sério? — Tombou levemente a cabeça de lado, fixando os olhos nos dela e parecendo viajar neles, procurando aquelas inúmeras respostas para suas perguntas e sorrindo ao achar a mesma para todas. — Aish! Eu não… Imaginava… Eu já pensei tantas vezes… Não consigo mais ficar longe, não é mesmo? Nem você! Eu vejo isso… — Elevou a mão, colocando-a no rostinho dela e fazendo uma carícia com o polegar em sua bochecha, sorrindo tão largo que teve de rir baixinho para externar mais. — Ahhh, mas já que a minha donzela perfeita e linda quer o homem perfeito e lindo ao lado dela… Minha parceira… A Detetive mais detalhista que o mundo já viu… Se ela está me fazendo essa pergunta, esse pedido… Quem sou eu pra contestar, não é? — Riu novamente. — Quer dizer… Lee Sook-Un, óbvio, mas… Dessa vez eu sou só o Soo mesmo! Morto de feliz por ouvir isso… — Aproximou-se, selando rapidamente os lábios. — Eu venho!

Hyanna correspondeu o sorriso com a mesma intensidade, ainda que estivesse bem mais atenta ao alheio que os eu mesmo… E ele era realmente muito lindo! Colocou-se de joelhos ao lado dele sobre o estofado, ficando na mesma altura. Segurou as faces do namorado com as mãos, delicadamente, selando os lábios dele com um sentimento que nãos e podia nomear naquele momento, mas que tinha um sabor docinho e aquecia a alma. Talvez no simples gesto, todas aquelas frases elaboradas, palavras bonitas e declarações que os casais faziam naquele momento, não fossem tão significativos. O coraçãozinho de Hyanna estava a pular como louco no peito… Já pulara por vários motivos por aquele homem, era bem verdade, mas naquele momento, era simplesmente de felicidade. Estava feliz! Ele estava feliz! Eles estavam felizes… Nada mais importava. 

— Há quem diga que a vida é feita de momentos… E todos os que passamos juntos, foram os melhores da minha vida! Essa foi uma das minhas certezas ao te querer para sempre ao meu lado! A outra… É porque você é o único que pode realmente me fazer feliz… Com seu sorriso, seu toque, seu olhar que me passa tanta coisa e tudo que te faz este ser perfeito: Lee Sook-Un! E a outra… Bom, a outra é porque eu te amo! — pausou, acariciando-lhe a face. — Ahh… E seja bem-vindo à minha vida!

— Aish… — O platinado acabou soltando mais um riso em forma de respiração, piscando algumas vezes ao olhá-la de forma atenta, até alargar mais ainda o sorriso. — Eu fico tão feliz e honrado por ouvir suas certezas! Porque elas se parecem muito com as minhas… Trocando o pronome e o nome. — Riu novamente, fazendo um carinho em seu braço, enquanto a abraçava. — Só acho que deveria saber que esse sorriso só se abre perto de você… Porque as outras formas de sorrir não se comparam quando estamos juntos. — Tombou levemente a cabeça para o outro lado, passando alguns segundos a contemplá-la. — Igualmente para o meu olhar… Ou como lhe toco! É tudinho seu! — Assentiu, parecendo pensativo por algum tempo. — Eu não me vejo mais sem você ao lado! É uma possibilidade que não é nem um pouco cogitável! E devo dizer o mesmo… Que meus dias ficarão muito mais felizes com o seu sorriso, o seu olhar, o seu toque… Você por inteira Hyanna Konnyki! — Alargou mais o sorriso. — Eu também te amo muito! — Aproximou-se novamente, selando demoradamente os lábios, antes de dar mais três selinhos consecutivos, em meio ao sorriso. — Obrigado por me fazer tão feliz nesses pequenos detalhes!

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Créditos


📌 Essa é uma obra totalmente ficcional de autoria e criação Celly Jach e Mack Boucher.


📌 Os personagens ficcionais aqui utilizados são ilustrados com  imagens reais de artistas sul-coreanos, sem que estes tenham qualquer envolvimento verídico com a história.


Hyanna Konnyki (Hy), Ilustrada por Kim Hyun Ah

Lee Sook-Un (Soo), Ilustrado por Byun Baek-hyun








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